Porto Alegre - Considerado pelo técnico Carlos César, da seleção sub-20, como um dos destaques da equipe campeã sul-americana, o volante Eduardo Costa voltará a enfrentar na quarta aquela que costuma derrotá-lo: a torcida do Grêmio.
Eduardo, de 18 anos, foi escalado pelo técnico Tite no lugar de Vágner, suspenso, para o jogo contra o Coritiba, pela Copa Sul-Minas.
No ano passado, tanto Emerson Leão quanto Antônio Lopes e Celso Roth recorreram ao garoto algumas vezes, mas logo trataram de preservá-lo, ao perceberem a má vontade dos exigentes torcedores tricolores com Eduardo. Ele não podia errar nenhum passe – as vaias vinham fortes.
Eduardo, porém, não alimenta nenhuma paranóia. Para ele, não havia nada de pessoal nas vaias.
“Havia muita expectativa sobre mim”, disse o volante. “Era badalado, por jogar nas seleções brasileiras amadoras. Então, quando eu errava, a torcida se decepcionava e reagia vaiando.”
Eduardo acha mesmo que ele é que tinha a maior parte da culpa.
“Por ser muito jovem, eu era afoito. Queria resolver as coisas sozinho e entrava atropelando, cometendo muitas faltas. Coisa de guri inexperiente, que subiu direto dos juvenis para os profissionais.”
Mas ele avisa que a torcida verá um outro jogador na quarta, contra o Coritiba. “Ganhei confiança na seleção. Aqui no Grêmio, o Tite e os colegas me incentivam, dizendo que eu tenho qualidade, e que não preciso querer resolver tudo numa só jogada.”