São Paulo - Suspenso por 180 dias, Preto só volta a jogar em maio. Isto porque assim deseja a diretoria do Peixe, segundo o jurista Marcílio Krieger, especializado em justiça desportiva. ‘A Lei Pelé determina que em qualquer suspensão superior a 29 dias, o clube tem o direito de pedir a transformação da pena em multa”, assegura o advogado, afirmando também não entender a razão de o departamento jurídico do Peixe não ter tomado nenhuma atitude.
Para o jurista, a conta é simples. Preto vai completar amanhã 109 dias suspenso. A diretoria do Santos deveria multiplicar R$ 25,16 (5/30 do salário mínimo) por 71 (dias que restam da pena a ser cumprida). O total é de R$ 1.786,36. O valor deveria ser depositado em juízo.
O gerente jurídico do Peixe, Roberto Alves, questiona o raciocínio do advogado e diz que o clube não vai apelar ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva para reduzir a punição de Preto. “Nós poderíamos perder a vantagem de a punição dele contar a partir do último jogo disputado, que foi em novembro. Além disso, o tribunal não aceita a Lei Pelé. É errado, mas é assim que funciona”, conforma-se Alves, que especula a possibilidade de o Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo entrar na Justiça Comum para liberar Preto.
Através de sua secretária, o presidente do sindicato, Rinaldo Martorelli afirma que só pode tomar alguma providência se receber um pedido do jogador ou do Santos, o que não aconteceu.