Rio - O Brasil pode ganhar mais uma dor de cabeça para as
quartas-de-finais da Copa Davis contra a Austrália, que serão disputadas
entre 6 e 8 de abril, em Florianópolis. O capitão australiano, John
Fitzgerald, terá uma reunião com o tenista Mark Philippoussis na próxima
semana para saber se ele irá se unir a Patrick Rafter e Lleyton Hewitt para
participar do confronto. As informações são de agências de notícias
internacionais.
Philippoussis, apelidado de "Scud" por causa da potência de seu saque,
mostrou estar totalmente recuperado de uma cirurgia no joelho ao conquistar
o título do Torneio de Memphis, nos Estados Unidos, a 15 dias atrás. Ele
perdeu apenas um set no torneio, justamente na final contra o italiano
Davide Sanguinetti.
O problema agora é saber qual será o humor do jogador, determinante para que
se saiba se ele estará disposto a participar do time australiano. Nos
últimos anos, Philippoussis tem tido uma relação de amor e ódio com seus
companheiros. Ele foi peça fundamental na conquista do título de 1999 ao
conseguir o ponto decisivo na vitória por 3 a 2 sobre a França, em Nice. Os
jogos foram disputados no saibro, o mesmo escolhido pelos brasileiros para o
confronto em Florianópolis. Este tipo de piso não é especialidade dos
australianos.
No ano seguinte, o tenista novamente salvou a Austrália ao vencer o quinto e
decisivo jogo contra o suíço George Bastl, pela primeira rodada. Os
problemas começaram pouco depois, quando Philippoussis se recusou a
enfrentar o Brasil, em Brisbane, nas semifinais da competição. Como os jogos
foram disputados na grama, a Austrália não teve dificuldades para se
classificar para a decisão.
Na final, porém, a equipe teve que voltar ao saibro e acabou deixando
escapar a chance de conquistar o bicampeonato ao perder para a Espanha por 3
a 1, em Barcelona. O "Scud" novamente ficou fora, a princípio por causa da
lesão no joelho, e deixou no ar a pergunta: teria sido diferente com ele?