Presidente de Tribunal do Trabalho critica Lei Pelé
Terça-feira, 13 Março de 2001, 16h05
Rio - O presidente do Superior
Tribunal do Trabalho (TST), ministro Almir
Pazzianotto, fez severas crÃticas a Lei Pelé e a Lei
Zico durante Audiência Pública para discutir a Lei do
Passe realizada na manhã desta terça-feira, na CPI da
Câmara, que investiga supostas irregularidades no
futebol brasileiro. O ministro defendeu mudanças na
legislação que regulamenta o exercÃcio profissional
dos jogadores de futebol. As informações foram
repassadas pela Agência Câmara.
Para Pazzianotto, o problema do passe não afeta todos
os jogadores, mas apenas a minoria que ganha mais. Ele
apontou dados da CBF indicando que, dos 12 mil
jogadores em atividade no PaÃs, 44,91% dos atletas
ganham até um salário mÃnimo, 41,63% ganham entre um e
dois salários mÃnimos, 5% recebem de dois a cinco
salários mÃnimos; 2,79% de cinco a 20 salários
mÃnimos; 1,5% de dez a vinte salários mÃnimos; e
apenas 3,85% deles recebem acima de 20 salários
mÃnimos.
Segundo o ministro, a legislação deveria determinar
quais as normas da CLT seriam aplicáveis aos
jogadores, e que a futura lei redefinisse a estrutura
e a competência da Justiça desportiva. Ele também quer
a Organização Internacional do Trabalho (OIT) cuidando
do tema.
“São duzentos milhões que vivem do futebol no mundo.
A OIT poderia fixar diretrizes que posteriormente
servissem para uma convenção internacional de trabalho
nessa área”, afirmou Pazzianotto, que pediu também a
revisão da lei que regulamenta a profissão de técnico
de futebol.
L! Sportpress
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