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Vila Nova-MG vence Grêmio de virada e fica mais perto da vaga
Quarta-feira, 14 Março de 2001, 22h32
Atualizada: Quarta-feira, 14 Março de 2001, 23h45

São Paulo – Jogando em casa, o Vila Nova-MG bateu o Grêmio por 3 a 2, de virada, na noite desta quarta-feira, pela partida de ida da Copa do Brasil.

Com o resultado, o time mineiro pode até empatar o jogo de volta, no estádio Olímpico, em Porto Alegre, que se classifica para a segunda rodada.

O Grêmio reclamou do gramado do Villa Nova, de dimensões mínimas e com muitos buracos. Mas a verdade é que o Vila fez uma marcação implacável e foi rápido no contra-ataque, marcando três gols num adversário cujo sistema defensivo mostrou furos por todos os lados.

Anderson, no dia de sua convocação para a seleção brasileira, marcou os dois gols do Grêmio e fez sua melhor partida no clube. Paulo César, Mauro Galvão contra e Wellington Amorim marcaram para o Villa.

O Grêmio começou melhor, impondo seu jogo a um Villa Nova encolhido e receoso. O primeiro bom ataque foi feito aos 7 minutos, uma jogada individual de Marcelinho pela esquerda. Ele passou por Marcelo Bueno,invadiu a área e chutou forte, perto do poste direito. Depois, aos 13, Marcelinho atrasou para Eduardo Costa, que chutou de longe, muito forte, rente ao poste direito.

Quando acordou, o Villa respondeu como uma metralhadora. Aos 14, de fora da área, Edmundo chutou rente ao travessão. Trinta segundos depois, Wellington Amorim entrou livre na área e chutou rasteiro. Danrlei defendeu, evitando o gol. E aos 15 Anderson Duarte chutou de fora da área, forte, rasteiro, para defesa do goleiro tricolor.

O Grêmio voltou a ameaçar aos 23. Zinho cobrou falta da meia-direita, à meia-altura, no canto esquerdo. Com dificuldade, Marcelo espalmou para escanteio.

Mas o Villa quase saltou na frente aos 26. Marcelo Baiano cobrou falta ao lado da área. A zaga do Grêmio falhou e a bola ficou pipocando na pequena área. No bate-rebate, Mauro Galvão mandou para longe.

O Grêmio tratou de se fechar melhor e sair em contra-ataques. Num deles, aos 34, chegou ao gol - um lindo gol. Luís Mário lançou Marcelinho na meia-direita. O atacante atrasou de calcanhar para Anderson, que vinha na corrida. O lateral-direito chutou muito forte, a meia altura. O goleiro tocou na bola, mas ela subiu e entrou no ângulo esquerdo.

Contudo, em vez de desanimar, o Villa Nova se encheu de moral e foi em busca do empate. E conseguiu, aos 39. Na cobrança de uma falta de 30 metros, pela meia-direita, Anderson Duarte encostou para Paulo César. Este ajeitou e soltou uma bomba, de pé esquerdo, no ângulo direito, sem chances para Danrlei.

Aos 45, Luís Mário chutou com muita força, da meia-direita. Marcelo fez difícil defesa no canto esquerdo, em baixo.

O Grêmio voltou para o segundo tempo perdendo gol. A 1 minuto, Luís Mário cruzou rasteiro na pequena área, a zaga tirou mal e Itaqui, livre na grande área, chutou torto, ao lado do poste direito.

A primeiro resposta do Vila Nova resultou em gol. Foi aos 7 minutos. Wellington Amorim, da meia-lua, fez lindo passe por cima da zaga para Paulo César, que entrava livre pela meia-direito. Paulo César ficou livre na frente de Danrlei e chutou rasteiro, cruzado. A bola bateu em Mauro Galvão e entrou no canto direito.

O Villa se entusiasmou e fez outro ataque perigoso aos 10: cruzamento de Marcelo Baiano na pequena área, à meia-altura; Danrlei se antecipou aos atacantes com uma ponte e tirou da bola com um soco.

O técnico Tite trocou Eduardo por Vágner, para melhorar a marcação à frente dos zagueiros, e Luís Mário por Rodrigo Mendes, que vinha de lesão, para dar mais contundência ao ataque. O time se assentou melhor. Mas não deixou de tomar contra-ataques. Como aos 21, quando Wellington Amorim lançou o volante Paulinho, que surgiu de trás. Paulinho perdeu o terceiro gol ao chutar por cima do travessão.

O gol de empate do Grêmio foi de falta, marcado por Anderson, aos 25, mas resultou da catimba dos dois veteranos do time. Zinho chamou a falta, ao prender a bola perto do meia-lua. E Mauro Galvão criou tumulto na barreira. Anderson cobrou à meia-altura, onde estava Galvão. A bola entrou no canto esquerdo.

O Villa acelerou o ritmo, que já era veloz. E chegou ao terceiro gol aos 32. Paulo Cesar cobrou falta na barreira. A bola voltou para ele, que deu um balão para a área. Itaqui foi enganado pelo quique da bola e Danrlei hesitou na saída. Wellington, com o bico da chuteira, tocou no canto esquerdo. Vila 3 a 2.

Tite, então, trocou o zagueiro Gabriel pelo atacante Cláudio e partiu para o tudo-ou-nada. Mas cometeu o erro de tentar as jogadas pelo meio, em tabelas. O Villa se fechou com competência e segurou o resultado, não deixando de produzir alguns contragolpes agudos.



Redação Terra


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