São Paulo – Jogando em casa, o Vila Nova-MG bateu o Grêmio por 3 a 2, de virada, na noite desta quarta-feira, pela partida de ida da Copa do Brasil.
Com o resultado, o time mineiro pode até empatar o jogo de volta, no estádio Olímpico, em Porto Alegre, que se classifica para a segunda rodada.
O Grêmio reclamou do gramado do Villa Nova, de dimensões mínimas e com
muitos buracos. Mas a verdade é que o Vila fez uma marcação implacável e foi rápido no
contra-ataque, marcando três gols num adversário cujo sistema defensivo
mostrou furos por todos os lados.
Anderson, no dia de sua convocação para a seleção brasileira, marcou os dois
gols do Grêmio e fez sua melhor partida no clube. Paulo César, Mauro Galvão
contra e Wellington Amorim marcaram para o Villa.
O Grêmio começou melhor, impondo seu jogo a um Villa Nova encolhido e
receoso. O primeiro bom ataque foi feito aos 7 minutos, uma jogada
individual de Marcelinho pela esquerda. Ele passou por Marcelo Bueno,invadiu
a área e chutou forte, perto do poste direito. Depois, aos 13, Marcelinho
atrasou para Eduardo Costa, que chutou de longe, muito forte, rente ao poste
direito.
Quando acordou, o Villa respondeu como uma metralhadora. Aos 14, de fora da
área, Edmundo chutou rente ao travessão. Trinta segundos depois, Wellington
Amorim entrou livre na área e chutou rasteiro. Danrlei defendeu, evitando o
gol. E aos 15 Anderson Duarte chutou de fora da área, forte, rasteiro, para
defesa do goleiro tricolor.
O Grêmio voltou a ameaçar aos 23. Zinho cobrou falta da meia-direita, à
meia-altura, no canto esquerdo. Com dificuldade, Marcelo espalmou para
escanteio.
Mas o Villa quase saltou na frente aos 26. Marcelo Baiano cobrou falta ao
lado da área. A zaga do Grêmio falhou e a bola ficou pipocando na pequena
área. No bate-rebate, Mauro Galvão mandou para longe.
O Grêmio tratou de se fechar melhor e sair em contra-ataques. Num deles, aos
34, chegou ao gol - um lindo gol. Luís Mário lançou Marcelinho na
meia-direita. O atacante atrasou de calcanhar para Anderson, que vinha na
corrida. O lateral-direito chutou muito forte, a meia altura. O goleiro
tocou na bola, mas ela subiu e entrou no ângulo esquerdo.
Contudo, em vez de desanimar, o Villa Nova se encheu de moral e foi em busca
do empate. E conseguiu, aos 39. Na cobrança de uma falta de 30 metros, pela
meia-direita, Anderson Duarte encostou para Paulo César. Este ajeitou e
soltou uma bomba, de pé esquerdo, no ângulo direito, sem chances para
Danrlei.
Aos 45, Luís Mário chutou com muita força, da meia-direita. Marcelo fez
difícil defesa no canto esquerdo, em baixo.
O Grêmio voltou para o segundo tempo perdendo gol. A 1 minuto, Luís Mário
cruzou rasteiro na pequena área, a zaga tirou mal e Itaqui, livre na grande
área, chutou torto, ao lado do poste direito.
A primeiro resposta do Vila Nova resultou em gol. Foi aos 7 minutos.
Wellington Amorim, da meia-lua, fez lindo passe por cima da zaga para Paulo
César, que entrava livre pela meia-direito. Paulo César ficou livre na
frente de Danrlei e chutou rasteiro, cruzado. A bola bateu em Mauro Galvão e
entrou no canto direito.
O Villa se entusiasmou e fez outro ataque perigoso aos 10: cruzamento de
Marcelo Baiano na pequena área, à meia-altura; Danrlei se antecipou aos
atacantes com uma ponte e tirou da bola com um soco.
O técnico Tite trocou Eduardo por Vágner, para melhorar a marcação à frente
dos zagueiros, e Luís Mário por Rodrigo Mendes, que vinha de lesão, para dar
mais contundência ao ataque. O time se assentou melhor. Mas não deixou de
tomar contra-ataques. Como aos 21, quando Wellington Amorim lançou o volante
Paulinho, que surgiu de trás. Paulinho perdeu o terceiro gol ao chutar por
cima do travessão.
O gol de empate do Grêmio foi de falta, marcado por Anderson, aos 25, mas
resultou da catimba dos dois veteranos do time. Zinho chamou a falta, ao
prender a bola perto do meia-lua. E Mauro Galvão criou tumulto na barreira.
Anderson cobrou à meia-altura, onde estava Galvão. A bola entrou no canto
esquerdo.
O Villa acelerou o ritmo, que já era veloz. E chegou ao terceiro gol aos 32.
Paulo Cesar cobrou falta na barreira. A bola voltou para ele, que deu um
balão para a área. Itaqui foi enganado pelo quique da bola e Danrlei hesitou
na saída. Wellington, com o bico da chuteira, tocou no canto esquerdo.
Vila 3 a 2.
Tite, então, trocou o zagueiro Gabriel pelo atacante Cláudio e partiu para o
tudo-ou-nada. Mas cometeu o erro de tentar as jogadas pelo meio, em tabelas.
O Villa se fechou com competência e segurou o resultado, não deixando de
produzir alguns contragolpes agudos.