Rio - Os salários atrasados, somados à transparente desunião do grupo, com a troca de sopapos entre jogadores, têm como conseqüência um futebol sofrível do Botafogo no Campeonato Estadual. Remanescente da campanha vitoriosa de 1995, o capitão Donizete acredita que a obrigação de vencer sempre para livrar o clube do caos financeiro age na contramão do sucesso.
“A situação financeira está ruim. Aí existe a pressão para ganhar, fazer dinheiro para pagar salários... Todo jogo é uma final. Vejo o Botafogo sem alegria para jogar futebol. Parece que uma coisa negativa ronda o Botafogo”, afirmou Donizete.
Consciente da instabilidade financeira, o presidente Mauro Ney Palmeiro, por sua vez, não aceita desculpas para a atuação pífia no empate com o Friburguense e garante que dá para detectar jogadores em ritmo de lento em campo.
“Não acho que seja corpo mole. Mas dá para notar que alguns jogadores se esforçam e outros não. Algo está errado. Não há desculpas para uma atuação como a que vimos sábado, no jogo contra o Friburguense”, criticou Mauro Ney Palmeiro.
Mas o presidente promete tomar uma providência: reunir-se com o técnico Sebastião Lazaroni para saber a verdadeira razão dos fiascos. “Vamos, com certeza, sentar e conversar com Lazaroni para saber sobre colocação em campo, parte tática, parte técnica...”, garantiu.