Rio - Edílson só foi artilheiro de uma competição uma vez na carreira, em 1997, pelo Kashiwa Reysol, do Japão, ao marcar 25 gols na J-League. Ele sempre deixou os companheiros na cara do gol, mas atualmente, no Flamengo, vem guardando a roupa de garçom no vestiário e o traje de matador tem caído bem, já que lidera a artilharia do Estadual, com sete gols em sete jogos.
"Não mudou muita coisa, são as oportunidades que estão aparecendo e estou sabendo aproveitar para fazer os gols. Nunca fui um artilheiro nato, mas sempre fiz gols. Como os outros concorrentes não estão marcando muito, dá para ficar na frente", disse Edílson, que, no entanto, admite que o novo posicionamento vem facilitando a tarefa de marcar.
"No Corinthians, eu jogava no meio, como armador de jogadas, para o Marcelinho e o Luizão. Agora estou jogando um pouco mais na frente no Flamengo", disse Edílson.
Sem modéstia, o atacante espera que a versatilidade o ajude a conquistar uma vaga definitivamente na Seleção. Aos poucos, vai ganhando a confiança de Emerson Leão.
"Um time que tem um jogador como eu, que está acostumado a fazer as duas funções, leva uma grande vantagem. É a mesma vantagem que o Palmeiras e o Corinthians tiveram, pois sei jogar no ataque e também trabalhar no meio.
Zagallo, que hoje é seu treinador no Flamengo, também foi seu técnico na Seleção. "Edílson jogava como terceiro homem, como número um. Era a posição na qual ele vinha jogando, mais atrás. Ele era mais de armação e preparação do que de fazer gols. Observei que, além de dar passes, também fazia gols, e por isso foi convocado".
O jogador garante que cobrar pênaltis não é uma estratégia para se tornar artilheiro do Estadual. "No Palmeiras e no Corinthians, havia dois cobradores fixos. No Palmeiras, era o Evair; no Corinthians, o cobrador era o Marcelinho. Nunca tive oportunidade de bater muito. No Flamengo, como o Petkovic estava lesionado, eu passei a bater e estou confiante".