São Paulo - Mais de 1.200 perueiros prometem bloquear todas as entradas do autódromo de Interlagos no próximo dia 1º de abril, quando acontece o GP Brasil de F-1.
O protesto vai acontecer caso a prefeitura não aceite uma série de reinvidicações da categoria. Os perueiros são contra a anulação de um processo de licitação que regulamenta a atividade de 4042 lotações. A prefeitura tomou a iniciativa depois de saber que houve irregularidades.
Nesta terça-feira, os perureiros farão uma assembléia para decidir o que fazer e o bloqueio pode ser iniciado logo depois da reunião.
"Só vamos suspender o protesto se o secretário (Carlos Zarattini, de transporte) acatar todas as exigências. Caso contrário, amanhã (terça) à noite já estaremos na porta do autódromo", disse Francisco de Mola Neto ,o China, da União do Movimento de Lotação do Município de SP.
Na manhã deste segunda, Marta Suplicy disse que se os perueiros continuarem com a idéia de boicotar o GP de Interlagos vão sofrer as conseqüências. "Os perueiros têm de usar o bom senso. O Grande Prêmio é um evento internacional. Se eles derem vexame, será uma vergonha para todas as famílias da cidade", disse.
A ameaça dos perueiros pode contribuir ainda mais para a imagem negativa do GP junto aos pilotos e à imprensa internacional. Na semana passada, Rubinho declarou que 90% dos pilotos da categoria não gostam de correr no país. Além disso, há cerca de 10 dias, a realização da prova esteve ameaçada em virtude de uma liminar obtida na Justiça que paralisava as obras no autódromo. A empresa Vértice, que perdeu a concorrência, alegava que a empresa vencedora não atendia as exigências do edital. Na segunda-feira passada, a prefeitura conseguiu cassar a liminar e as obras puderam seguir.