Por Luiz Augusto Neto
São Paulo – O piloto Tarso Marques, da Minardi, sabe que seus plamos para o fim de semana em Interlagos precisam ser bem mais modestos do que os dos demais brasileiros da F-1. “O que eu mais espero no momento é que o carro funcione”, declarou, logo após conversar com a cúpula da equipe italiana, já nos boxes do autódromo.
O brasileiro apela até para o bom humor ao falar das previsões para domingo. “Peço para a torcida brasileira rezar, apelar para Deus e me apoiar muito”. De fato, Tarso não pode garantir sequer que vai participar da corrida. “Termos dificuldades, mas estou confiante para ao menos enfileirar no grid de largada. Depois, o que vier será bem-vindo”.
Segundo o piloto de 25 anos, a falta de testes com o carro entre o GP da Malásia e a corrida em Interlagos é o fator mais preocupante. “Todas as equipes fizeram testes neste intervalo, menos a gente. Vou sentir como está o carro apenas no início dos treinos e isso é uma grande desvantagem”, lamenta. “Mas é cedo para dizer, ainda há muito a ser feito e acho que estaremos na mesma situação dos dois primeiros GPs da temporada”.
Lembrar as duas primeiras provas de 2001 não é lá muito agradável para Tarso e a Minardi. Na Austrália, o brasileiro não conseguiu o tempo mínimo para conseguir largar. Só participou da prova após a equipe conseguir um recurso garantindo participação. No GP da Malásia, em Sepang, o brasileiro largou em 20º e não completou a prova.
As previsões de Tarso para o decorrer da temporada só são mais otimistas a partir do GP de Barcelona, na Espanha, dia 29 de abril. “Aqui no Brasil e em Ímola ainda vamos conviver com estes problemas. Depois, vamos começar a testar mais o carro e deveremos contar com um motor mais avançado”.