Rio - Romário e Juninho Pernambucano foram os únicos jogadores da Seleção Brasileira que desembarcaram nesta quinta-feira no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. De acordo com o artilheiro, que sentiu uma fisgada na coxa direita, a atuação na derrota por 1 a 0 para o Equador foi a pior da Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa de 2002.
“O Brasil tinha todas as condições de sair de lá com os três pontos. Mas essa foi a pior atuação do Brasil nas Eliminatórias. Principalmente porque o Equador nunca havia vencido o Brasil antes. Tive duas ou três chances, mas não fiz o gol. Outros jogadores do Brasil que podem decidir uma partida, como eu, também não foram bem”, afirmou o jogador do Vasco.
Romário afirmou que despreza o rótulo de salvador da pátria e que a Seleção Brasileira tem outros jogadores com condições de decidir jogos a favor do Brasil. “Temos de continuar trabalhando sério, até porque o trabalho vem sendo sério, para buscar a recuperação. Não vai ser um resultado negativo que vai nos abalar”, acrescentou o artilheiro.
Sobre a altitude, Romário disse que ela pode até ter influenciado um pouco, mas reafirmou que a derrota ocorreu por causa da má atuação do time brasileiro. Ele, porém, chegou a dizer, sem citar nomes, que alguns jogadores sentiram também a responsabilidade da partida e a pressão da torcida. Mas não considera precipitada a convocação de jogadores novos para disputar as Eliminatórias.
“O trabalho do Leão é corretíssimo, ele tem uma base na cabeça, dá para se observar pelos últimos jogos. Na concepção dele,, os que estavam estreando na Seleção estão bem em seu clubes. Não foram bem no jogo com o Equador porque o time inteiro jogou mal. O caminho é esse e o Brasil ainda vai dar muitas alegrias para a gente. A gente sabe que existe um povo que depende da gente, porque quer a alegria de ver a Seleção bem”, disse o atacante, que descartou a possibilidade de não haver amor à camisa.
“Acho que todo mundo que veste a camisa da Seleção sabe da importância que é jogar uma partida de Eliminatórias, da importância que existe de se classificar o Brasil para uma Copa do Mundo. O adversário era teoricamente mais fraco, e por isso a cobrança é maior, a gente tem consciência disso. O que não pode acontecer é baixar a cabeça, pelo contrário. Temos de pegar as coisas positivas que a derrota para não repetir os erros nos próximos jogos.”
Sobre a fisgada na coxa direita, ele explicou que a sentiu após um chute -- e que depois voltou a sentir dores após uma cabeçada e um passe. Romário acha que a lesão não é grave e que ele está pensanndo até em atuar nesta sexta-feira pelo Vasco, contra o Madureira, pelo Campeonato Estadual do Rio. Mas, pelas declarações do atacante, dificilmente ele terá condições de jogar.