São Paulo - Não é só o atual elenco que está fazendo a temporada 2001 se tornar inesquecível na história do São Paulo. A equipe conquistou o inédito título do Torneio Rio-São Paulo e na última quarta-feira aplicou a maior goleada da história do Morumbi, 10 a 0, no Botafogo-PB.
O atacante França também quer fazer de 2001 uma temporada histórica. O jogador já conseguiu alcançar o meia Raí, maior ídolo da torcida tricolor, com 128 gols marcados com a camisa do clube, e quer mais.
Mas por uma ironia do destino, França poderá desbancar o ex-meia Raí justamente em um jogo contra a primeira equipe do ídolo, o Botafogo-SP, adversário deste sábado, às 16h, no Estádio Santa Cruz.
O atacante descarta uma comparação com o ex-jogador.
"Tenho que conquistar títulos de maior expressão, como uma Copa do Brasil e Libertadores. Não adianta ser artilheiro máximo do clube e não conquistar títulos", afirma França.
Para o artilheiro, seu gol de bicicleta contra o Rio Branco, em 1997, foi uma pedalada para o sucesso. "Naquele dia eu mostrei para a torcida do São Paulo que eu tinha condições de ser titular da equipe", diz França, que substituiu Valdir no segundo tempo e a torcida questionou a alteração.
O maior objetivo do atacante maranhense é marcar 50 gols este ano e bater seu próprio recorde, que é de 40 gols na temporada 2000.
O jogador já avisou que seu próximo alvo será Leônidas da Silva, o "Diamante Negro", que marcou 140 gols no São Paulo. Quanto a Serginho Chulapa, maior artilheiro da história do clube com 242 gols, França adota outro discurso. "Acho difícil chegar no Serginho Chulapa. Ele ficou dez anos no clube. Hoje isso não é comum", lamenta o jogador, que prefere ficar no São Paulo a defender um time de menor expressão na Europa.
O atacante tem contrato até 2002, mas confessa que sonha com uma transferência para um grande clube europeu.