A CPI do Senado, que investiga supostas irregularidades no futebol brasileiro, vai ouvir nesta terça-feira, logo após a ordem do dia, o presidente do conselho de sindicância do Santos, Leão Vidal Sion, e o presidente da comissão de estatutos do clube, Mário Mello Soares.
O objetivo dos depoimentos é investigar se realmente aconteceram irregularidades na gestão de Samir Abdul-Hak, que presidiu o clube na década de 90.
Além dos clubes, as entidades também serão destaque esta semana na CPI. Os senadores esperam até sexta-feira terem acesso às demonstrações financeiras completas e ao livro com registros da contabilidade, todos relativos ao período de 1995 a 2000, da CBF e das federações do Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. Os documentos requeridos pela CPI são balanço patrimonial, demonstração de resultado e demonstração das origens e das aplicações dos recursos e das mutações patrimoniais.
Há várias denúncias na CPI sobre desvio de rendas de jogos de futebol com a participação ou conivência de funcionários e dirigentes das federações, irregularidades administrativas e participação irregular das federações nas receitas do clubes. A CPI também requereu uma cópia do contrato de patrocínio firmado pela Federação Paulista de Futebol com o Banco VR, pelo qual este estabelecimento paga R$ 41 milhões anuais pelos direitos sobre o Campeonato Paulista de Futebol.