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Guilherme defende zagueiros do Galo
Terça-feira, 03 Abril de 2001, 01h23

Belo Horizonte - As últimas atuações da defesa do Atlético, principalmente a do último sábado, no Estádio Independência, no empate em 2 a 2 com o Democrata/GV, deixaram o técnico Abel Braga irritado e a torcida atleticana apreensiva com o “fantasma" da Copa João Havelange. No torneio nacional, que substituiu o Campeonato Brasileiro, a defesa levou 42 gols, enquanto o ataque marcou 31.

Responsável por fazer gols, Guilherme não concorda que o setor defensivo seja o culpado pelos insucessos da equipe. “O que aconteceu não é problema da defesa. No futebol atual, todo time começa a se defender é no ataque", reagiu o atacante. Segundo ele, nos primeiros jogos da temporada, o técnico Abel Braga tinha todos os jogadores a sua disposição, mas, no decorrer das competições, o time passou a ter problemas diversos.

“O treinador está enfrentando muitos problemas, principalmente de cartões, fazendo com que ele mexa bastante na defesa", justificou Guilherme.

Autor do gol de empate contra o Democrata/GV, Guilherme reconhece que o Atlético não jogou bem e, por isso, não mereceu a vitória. “Não fizemos um bom jogo. De uma maneira geral, toda a equipe esteve mal. Hoje podemos viver essa situação porque estamos classificados. Mas são coisas que não podem ocorrer mais daqui para a frente, pois o Campeonato Mineiro vai entrar numa fase decisiva", afirmou o artilheiro.

Para Velloso, os gols têm sido conseqüências de deslizes cometidos pelo setor defensivo da equipe, incluindo no meio-de-campo, como ocorreu contra o Democrata, de Governador Valadares. “Uma falha de repente deixa o atacante de frente com a gente. Não se pode dar tantas oportunidades assim aos adversários", declarou o experiente goleiro que não vê na inexperiência da defesa a causa dos gols. “O amadurecimento se ganha com o tempo, no decorrer dos jogos. Se esses jogadores estão entrando no time, têm mais é que aproveitar as oportunidades que estão surgindo", disse.

Os zagueiros Carlão e Rodrigão, ambos de 20 anos, ainda se sentem um pouco tímidos na equipe principal. “Eles dizem que se falam dentro de campo, mas eu não ouça nada", afirmou o goleiro Velloso.

Foi justamente numa falha grotesca que o Democrata chegou ao segundo gol, tendo um jogador a menos no momento em que o Atlético pressionava o time de Governador Valadares. O atacante Luciano foi lançado e Carlão acompanhou o lance, juntamente com Velloso também. O zagueiro vacilou na jogada permitindo ao atacante dar um leve toque e driblar o goleiro. “Achei que ele (Carlão) ia chegar na bola, que acabou ficando com o cara", comentou Velloso.

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