Rio - Depois de criticar as aspirações da África do Sul de organizar a Copa do Mundo de 2010, o presidente da comissão chilena que vai apresentar a candidatura oficial do país nos próximos meses, Jaime Naranjo, classificou de patéticas as pretensões do Brasil de receber a competição.
”As candidaturas destes dois países não nos assustam porque ambos têm sérios problemas econômicos e sociais que podem atrapalhar. O caso brasileiro, então, é patético. Eles estão tentando desde 1950, mas da última vez que estiveram perto de conseguir, perderam para o México”, disse Naranjo.
Em 1986, o Brasil se ofereceu para ser anfitrião da Copa depois que a Colômbia desistiu, mas a Fifa preferiu entregar a organização do evento para os mexicanos. Oito anos depois, em nova campanha, o país foi derrotado pelos Estados Unidos e, no ano passado, retirou a candidatura três dias antes da polêmica eleição que deu a vitória à Alemanha, com apenas um voto de vantagem sobre a África do Sul.
O Chile, que foi a sede da Copa de 1962, pretende anunciar uma candidatura conjunta com a Argentina, último país sul-americano a organizar o torneio, em 1978.
”Estamos no caminho certo. Nossa campanha fica mais forte a cada dia”, disse Naranjo, ignorando as declarações do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de que a Copa de 2010 seria entregue à uma nação africana, seguindo o esquema de rodízio que a entidade pretende adotar para definir as sedes da competição.
”Eu acho que estas afirmações foram feitas por questões diplomáticas - concluiu o chileno.”