Belo Horizonte - Quando entrar em campo nesta sexta, às 22h10 (horário de Brasília) para defender o Cruzeiro contra o Olimpia, pelas Copa Libertadores, o zagueiro Cris estará completando o jogo de número 100 com a camisa do time celeste. Motivo de orgulho para o jovem de 23 anos que tem como maior objetivo esta noite não comemorar a data histórica, mas garantir mais três pontos para ampliar a vantagem do Cruzeiro na liderança do Grupo 4 da competição sul-americana.
“Sem dúvida é uma marca importante, ainda mais na Libertadores. Fico orgulhoso e gostaria muito de comemorar esta meta perto da torcida. Mas como não tem jeito, quero me dar de presente uma vitória", conta Cris, de 23 anos, que ainda continua na mira do futebol europeu.
A edição de sexta do jornal espanhol “As" informava que o Barcelona ainda não desistiu de levar o zagueiro para a próxima temporada (segundo semestre), em que pese a desistência do clube no início do ano, quando o vice-presidente de Futebol do Cruzeiro, Alvimar de Oliveira Costa, chegou a viajar para acertar a transferência, mas nem sequer se encontrou com os dirigentes catalães.
Domingo, ele completará um ano e oito meses de Cruzeiro e, desde a sua estréia (em 8 de agosto de 99, 3 a 1 sobre o Internacional, Campeonato Brasileiro) até hoje, se lembra de ter vivido momentos inesquecíveis, como os dois gols que marcou na vitória de 2 a 0 sobre o Flamengo, em pleno Maracanã. O zagueiro, no entanto, relaciona ocasiões que faz questão de não lembrar. “O que de mais triste aconteceu, para mim, foi a derrota de 3 a 1 para o Vasco, na Copa João Havelange do ano passado. O nosso time fazia uma campanha maravilhosa e todos estavam sonhando em disputar a final para chegar ao tão sonhado título de campeão brasileiro. Foi muito triste", lembra.
Olimpia
Cris considera o adversário desta sexta o mais difícil que o Cruzeiro terá pela frente nesta primeira fase da Libertadores. Em sua opinião, o Olimpia tem mais tradição que Emelec e Sporting Cristal, o que irá exigir atenção redobrada da equipe mineira. “E, além do mais, joga em casa", ressalta.
O zagueiro recomenda uma marcação ainda mais acirrada, principalmente no meio-campo, para evitar que o time paraguaio chegue próximo ao gol de Bosco e não jogar toda a responsabilidade na zaga. “Será preciso fechar mais os espaços. Todos têm que marcar, desde a saída de bola deles, para não sobrecarregar os zagueiros", observa Cris.