Den Bosch (Holanda) - Tricampeã da Copa Davis, a Alemanha mostrou que não é mais a mesma depois de perder por 4 jogos a 1 para a Holanda nas quartas-de-final do torneio.
``Não se pode jogar assim quando se disputa uma Davis'', disse o vice-presidente da Federação Alemã de Tênis, Walter Knapper. ``Não tem mais paixão, fogo, disposição''.
Os alemães contavam com a vitória depois que o melhor tenista holandês, Richard Krajicek, ficou de fora, contundido. Mas dentro de quadra, o que se viu foi um passeio dos holandeses, que venceram as duas partidas de sexta-feira e o jogo de duplas de sábado, sacramentando a passagem para as semifinais.
Na sexta-feira, o alemão Nicolas Kiefer foi derrotado por 3 sets a 1 por Jan Siemerink, e David Prinosil, que substituiu o machucado Tommy Haas, não ganhou um set sequer do holandês Raemon Sluiter .
Paul Haarhuis e Schalken garantiram a passagem da Holanda para as semifinais no sábado ao baterem Prinosil e Jens Knippschild no jogo de duplas por 3 sets a 1.
No domingo, Kiefer marcou o ponto de honra dos alemães, vencendo Sluiter por 3 sets a 0. No outro jogo, Siemerink bateu Prinosil sem perder um set.
Contando com talentos como Boris Becker e Michael Stich, os alemães venceram a Davis nos anos de 1988, 1989 e 1993. Desde 1995, no entanto, a Alemanha não consegue passar das quartas-de-final.
Kiefer, de 22 anos, abriu fogo contra seu capitão e seus companheiros de equipe : ``Seria melhor se o capitão e os outros jogadores demonstrassem um pouco mais de emoção''.
``O mais importante do trabalho deve ser feito pelos jogadores, dentro da quadra'', rebateu Haas.
Um acalorado debate vem se arrastando na imprensa alemã sobre as declarações de Kiefer e a possibilidade do capitão da equipe, Carl-Uwe Steeb, ser demitido.
O ex-capitão de Boris Becker, Guenther Bosch, jogou mais lenha na fogueira ao afirmar no jornal Bild am Sonntag no domingo que Becker seria o capitão perfeito.
``Becker seria a solução ideal'', disse Bosch. ``Ele teria o respeito dos jogadores, dos árbitros e dos adversários''.