Rio - O proprietário do Washington Wizards, Abe Pollin, pôs mais lenha na fogueira sobre o retorno de Michael Jordan às quadras. Em entrevista ao diário "Washington Post", Pollin disse que acredita que seu presidente de operações vai deixar a aposentadoria e vestir o uniforme do Wizards já na próxima temporada.
Pollin afirmou que Jordan estaria treinando forte para decidir se tem condições de voltar a jogar basquete em um nível satisfatório. Segundo o dirigente, as chances de que isso aconteça são boas. O ex-jogador teria dito a ele que o informaria assim que houvesse uma novidade sobre o caso. O astro, no entanto, continua negando a volta.
Os rumores sobre a volta de Jordan começaram quando ele resolveu treinar com os jogadores do Washington. Mesmo com as seguidas negativas de Michael Jordan sobre seu retorno às quadras como jogador, os boatos voltaram a aumentar nos EUA. Na última semana, o responsável foi o técnico do Los Angeles Lakers, Phil Jackson. Treinador de Jordan nos seis títulos conquistados pelo Chicago Bulls, Jackson disse que seu ex-comandado não costuma "dar ponto sem nó".
”Eu sei que ele voltou a treinar nos Wizards (Washington) há alguns dias. Se ele está treinando com jogadores profissionais, está pretendendo saber como se sente novamente dentro das quadras”, analisou Jackson. Jordan, porém, diz que foi só uma "brincadeira".
Se estivesse mesmo disposto a retornar às quadras, além de melhorar o condicionamento físico, o ex-jogador do Chicago Bulls também teria de abrir mão de seu cargo na diretoria do Wizards, já que o regulamento da NBA não permite que os atletas em atividade acumulem funções administrativas.
Porém, o que se comenta nos EUA é que, para promover a volta de Jordan, a NBA poderia até abrir uma exceção, a exemplo do que aconteceu na NHL, a liga nacional de hóquei no gelo, que é regida por normas bastante semelhantes. Em 2000, o ídolo Mario Lemieux, então diretor do Pittsburgh Penguins, equipe que o consagrou, decidiu voltar a jogar. Como as normas do campeonato também não admitiam a presença de atletas na situação de Lemieux, um conselho foi convocado para avaliar a questão e a participação do jogador acabou sendo liberada.