Brasília - Embora esteja na direção da CBF desde 1989, o presidente da Confederação, Ricardo Teixeira, não soube explicar a origem do problema financeiro crônico da entidade que, segundo ele, se aprofundou a partir de 95.
Teixeira não soube dizer também qual o valor desse déficit. Afirmou, apenas, que a mudança nas regras de administração dos clubes e confederações fez com que a CBF perdesse renda.
Segundo ele, a Confederação perdeu aproximadamente 5% da renda bruta do Campeonato Brasileiro ao ano; 7,5% dos direitos de transmissão por TV dos jogos; e 2% da taxa de transferência internacional dos jogadores.
De acordo com Teixeira, de 98 a 2000, a taxa de transferência somou cerca de US$ 18 milhões e as outras duas fontes de receita somaram aproximadamente US$ 6 milhões ao ano.
Teixeira creditou também à "imprevidência" a aceitação, por parte da CBF, de cláusulas polêmicas do contrato entre a Confederação e a patrocinadora Nike. Entre os pontos polêmicos, está a obrigatoriedade de realização de cinco amistosos por ano e a convocação de pelo menos oito dos melhores jogadores do país. Teixeira disse que "se fosse hoje, não aceitaria".
As declarações foram dadas em depoimento à CPI da CBF/Nike. Antes, o cartola havia dito que o contrato entre CBF/Nike é o “melhor do mundo”.