Rio - O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em
seu depoimento à CPI da Câmara, se complicou ao explicar se a entidade
recebeu algum valor financeiro da Nike no ato da assinatura do contrato de
parceria. Primeiro Teixeira disse que a CBF só recebeu dinheiro da empresa a
partir de 1998. Depois, contestado por dados apresentados pelo deputado
Silvio Torres (PSDB-SP), relator da Comissão, Teixeira disse que não se
lembrava e prometeu fornecer esses dados até 48 horas depois do seu
depoimento terminar.
Sílvio mostrou que a CBF recebeu os seguintes valores entre 1996,
quando o contrato foi assinado, e 1998: US$ 5 milhões (aproximadamente R$
9,5 milhões) em junho de 1996, US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 9,5
milhões) em dezembro de 1996, US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 9,5 milhões)
em abril de 1997, US$ 500 mil (aproximadamente R$ 950 mil) em setembro de
1997 e US$ 4,68 milhões (aproximadamente R$ 9 milhões) em janeiro de
1998.