Dani Blaschkauer e
Francisco Morgado
São Paulo – Apesar da série de barbeiragens no começo desta temporada, Rubens Barrichello vem se transformando em um dos melhores pilotos número 2 da Ferrari nos últimos anos. Principalmente se a comparação for feita entre o brasileiro e o irlandês Eddie Irvine em seus primeiros anos na Ferrari ao lado sempre do alemão Michael Schumacher.
Em 96, Schummy e o irlandês Eddie Irvine foram contratados pelo time italiano para ajudarem a fazer a equipe sair de um jejum de 15 anos sem ver um piloto ganhar um Mundial e com a série de vitórias por equipes também abaladas por conta disto.
Mas, de 96 a 99, os dois não conseguiram acabar com as duas escritas e fazer a Ferrari ganhar as duas taças. Isto só foi acontecer em 2000, quando Rubinho pegou o lugar de Irvine.
Os números do Kickoff.com.br provam a importância do brasileiro na equipe italiana. Comparando os dois pilotos em seus primeiros anos na Ferrari _e em ambos casos como coadjuvantes de Schumacher-, Barrichello dá um banho.
Irvine conquistou apenas 11 pontos (15% do total da Ferrari no ano) e acabou a temporada em 10º lugar. Já Rubinho fez 62 pontos (36% da equipe), acabando o Mundial na quarta posição.
As diferenças, porém, não acabam por aí. O irlandês demorou exatas 50 corridas para conseguir ser campeão de uma prova com o macacão ferrarista. Barrichello precisou de 11 etapas para chegar ao lugar mais alto do pódio.
Dos 16 GPs disputados em 96, Irvine só completou seis e pontuou em quatro delas. Rubinho, de 17, só não conseguiu completar uma corrida em quatro, marcando pontos em todas as outras 13.
SEMELHANÇA - Um ponto, porém, faz Rubinho e Irvine darem as mãos. Em 99, o irlandês passou a meter a boca muito mais constantemente na escuderia. Nem o fato de ter virado o piloto número 1 com o acidente de Schumacher.
Suas reclamações com relação aos privilégios dados ao alemão, passaram a irritar os dirigentes da escuderia, principalmente o diretor Jean Todt. Resultado: foi o último ano do irlandês dentro do cock-pit da Ferrari.
Este ano, depois do GP da Malásia, Rubinho imitou Irvine e começou a tirar do sério a alta cúpula da escuderia, chegando até a ver ameaçada sua renovação de contrato.