Porto Alegre - O Grêmio saudou como uma grande vitória sobre Ronaldinho o parecer do Departamento Jurídico da CBF que baixa regras sobre transferências de jogadores. Segundo esse parecer, quem assinou contrato antes do fim do passe, em 26 de março passado, permanece vinculado ao clube ao final do compromisso.
“O caso de Ronaldinho é ainda mais claro. O contrato dele terminou antes do final do passe “ interpreta o vice-presidente jurídico do Grêmio, Homero Bellini Júnior. “O parecer da CBF é igual ao que nós vínhamos dizendo há dois anos”.
O dirigente cita, inclusive, o caso do armador Tinga, que renovou contrato antes de 26 de março, até dezembro próximo. É indiscutível, diz ele, que esse jogador continuará vinculado ao clube.
“No caso do Ronaldinho, ficou explicitado pela CBF que o Paris-Saint Germain terá que negociar conosco se quiser ficar com o jogador”, afirmou Belllini. “Como a CBF não pode ferir as posições da Fifa, deduzo que essa decisão é irrecorrível”.
O dirigente classificou de sensata a decisão do clube francês de voltar atrás em seu plano de escalar Ronaldinho num amistoso, dia 7 de maio, contra o Benfica.
No próximo dia 20, na 26ª Vara da Justiça do Trabalho, em Porto Alegre, acontecerá a primeira audiência entre os representantes do Grêmio e do jogador, chamada de audiência de conciliação. É o início do julgamento do mérito da questão. Por enquanto, o Grêmio está protegido por uma liminar, que confirmou o preço de R$ 84 milhões pelo passe de Ronaldinho. O advogado do jogador não conseguiu cassar essa liminar. Na interpretação do departamento jurídico do Grêmio, o parecer da CBF reforça a posição do clube de modo decisivo.