São Paulo - Aos 42min do segundo tempo, o jogo União Barbarense e São Paulo foi interrompido pela segunda vez devido à invasão do gramado por torcedores são-paulinos.
Com a camisa da torcida organizada Dragões da Real, o torcedor cruzou todo o gramado do estádio e foi tirar satisfações com o atacante Fabiano Souza, do Tricolor.
Ao chegar perto do jogador, o torcedor acabou agredido pelo atleta e logo em seguida detido. "A torcida tem todo o direito de cobrar, mas sem ofender. Eu só me defendi", disse Fabiano Souza, que desde os 20min do segundo tempo estava sendo vaiado pela torcida.
Preocupado não só com a agressão a ele, o atacante ainda fez um alerta ao final da partida, quando mais torcedores invadiram o gramado para cobrar um melhor desempenho do Tricolor. "Alguém precisa tomar uma providência antes que aconteça algo pior nessas invasões".
Para o técnico Oswaldo Alvarez, a atitude não veio da verdadeira torcida são-paulina. "Esses não são os torcedores que acompanham a renovação do São Paulo", reclamou Vadão.
Alheios à discussão, Carlos Miguel e Rogério Pinheiro preferiam achar explicações para a derrota. "A culpa é nossa. Nós tínhamos o resultado na mão e deixamos o União Barbarense virar", reclamou o meia Carlos Miguel.
Para Rogério Pinheiro, o time pecou pelo excesso de confiança. "O time se achou no direito de tocar a bola quando podia ter matado o jogo", afirmou o zagueiro.
O pensamento de Rogério Pinheiro foi resumido por Roberval Davino, técnico do Barbarense. "O que nos deu moral foi eles ficarem só no toque", disse.