São Paulo - Herói ou vilão? Anjo ou diabo? Temperamental incompreendido ou mau-caráter? Em meio a controvérsias, Marcelo Pereira Surcin vai perpetuando-se na história do Corinthians como um dos maiores artilheiros alvinegros, prestes a entrar para o restrito Clube dos 200.
Com os dois gols marcados na goleada sobre o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto, segundo as estatísticas oficias, o meia Marcelinho atingiu os 199 gols e está a um degrau de uma marca conquistada por apenas outros cinco atletas na história do Timão: os atacantes Cláudio, Baltazar, Teleco, Neco e Servílio, que atuaram entre os anos 10 e 50.
Sexto maior artilheiro da história corintiana, Marcelinho está a dois gols de Servílio, que marcou 201 nas décadas de 30 e 40. Nos tempos recentes, o Pé-de-Anjo é o jogador com números mais expressivos, deixando para trás ídolos de primeira grandeza, como Rivellino, Sócrates e Neto.
Mas a lista oficial dos gols de Marcelinho confronta-se com a do Almanaque do Timão, detalhado estudo lançado no ano passado sobre a história do Corinthians, que aponta o meia com 196 gols. “No meu centésimo gol, fiz uma camisa. Nos 200 gols, pode ter certeza que vai ter outra”, promete Marcelinho, que por motivos óbvios só leva em conta a estatística oficial.
No Corinthians desde dezembro de 93 (o primeiro jogo oficial foi em janeiro de 94), Marcelinho tem uma média de 0,48 gol por partida (199 gols em 414 jogos). Se mantiver o número até o final do contrato com o Timão, em 2004, o meio-campista, de 30 anos, se firmaria como o segundo maior artilheiro da história corintiana, ultrapassando Neco, Teleco e Baltazar.
Com a atual média de gols, entretanto, Marcelinho só chegaria ao recordista Cláudio (295 gols) se prolongasse o contrato com o Corinthians e jogasse, no mínimo, até 2006.