Belo Horizonte - Com a vitória sobre a Ulbra, conquistada no sábado, em Canoas (RS), o Telemig Celular/Minas tem a possibilidade de encerrar a série final (melhor de cinco jogos) da Superliga Masculina de Vôlei em Belo Horizonte, já que o time mineiro tem duas partidas em casa, na quinta-feira e no sábado. Se fechar o play-off em 3 a 0, será a primeira vez que o clube levantará a taça de campeão nacional em seus domínios, nos moldes como o campeonato é feito hoje (duração maior e jogos de ida e volta).

Em 1983, a equipe masculina foi campeã de torneio brasileiro realizado durante uma semana, com todos jogos sediados em BH. “Foi um ano antes de criarem a Liga Nacional e reuniu-se times como o Atlântica-Boa Vista, o Paulistano e o Atlético Mineiro, que havia levado o time adulto do Minas. Jogamos com uma base de juvenis, tendo à frente o técnico Feitosa", recorda Carlos Alberto Castanheira, o Cebola, téc nico do Minas e jogador na época desta primeira conquista nacional. “Eram três jogos por dia, com todos jogando contra todos e, na última rodada, a decisão acabou acontecendo na preliminar, no jogo entre Minas e Atlético.

Perdíamos por 2 sets a 0 e viramos a partida em 3 a 2", lembra Cebola. Na equipe mineira estavam ainda Henrique, Cacau, Zé Eduardo, Pinico e Mário Marcos. O torneio foi realizado no Mineirinho, que poderá ser novamente palco de uma conquista do clube. Dirigentes estudam a possibilidade de realizar o terceiro jogo, sábado, às 20h30, naquele ginásio. A Confederação Brasileira de Vôlei solicitou a realização dos jogos de final em ginásios com capacidade acima de quatro mil lugares. O Pio XII, onde será feito o segundo jogo, na quinta, às 20h30, tem dois mil. Já o Mineirinho comporta cerca de 18 mil espectadores.

Depois que o Brasileiro ganhou a forma de liga, o Minas, tanto no masculino quanto no feminino, sempre carimbou a faixa de campeão jogando na casa do adversário. Foi assim na campanha do tricampeonato do Fiat/Minas, em 1984/85/86, no masculino, e também do título do Lacqua di Fiori/Minas, em 1992, no feminino. No ano passado, o Minas foi campeão da Superliga Masculina em cima do Unisul, em Florianópolis (SC).

Se confirmado o Mineirinho como sede do terceiro jogo, será a primeira vez que o Minas jogará naquele ginásio nesta Superliga. “Se a torcida comparecer e fazer a mesma festa que tem feito no Pio XII, será muito gratificante jogar lá. O Mineirinho é um ótimo palco e a pressão sobre o adversário será ainda maior se o público comparecer em bom número. Se tiver pouca gente - e cinco mil espectadores é um número baixo - não compensa ir para lá", afirma Cebola.

MRV estuda apoio a Sul-Americano

Após Buenos Aires anunciar que não poderá ser sede do Campeonato Sul-Americano de Vôlei Feminino, abriu-se a possibilidade do torneio ser realizado no Brasil, em maio, com o apoio da MRV Engenharia, que patrocina o time feminino do Minas. Amanhã deverá ser realizada reunião da empresa mineira com os dirigentes da Koch Tavares, promotora de eventos esportivos que está interessada em levar o campeonato para o interior paulista.

“Vamos analisar as condições que serão apresentadas. Dependendo do valor, podemos conseguir uma aprovação interna para fazer este investimento. É preciso saber se o retorno de mídia compensará o investimento", adianta Rômulo Moreira, gerente de marketing da MRV. Por ser bicampeão do Sul-americano, o Minas tem vaga assegurada no torneio. A participação de Flamengo e Vasco não está confirmada, já que não está garantida a manutenção destas equipes após a Superliga Feminina de Vôlei.

A Koch Tavares anuncia que há um pré-acordo para transmissão do evento pela Rede Record, na TV aberta, além de uma emissora na TV por assinatura. No ano passado, o MRV/Minas perdeu a final da Superliga para o Rexona, mas ganhou o título do Sul-americano, em confronto com o BCN/Osasco. Neste ano, o time mineiro ficou com o terceiro lugar na competição nacional. A MRV espera o final da Superliga para dar início à contratação de jogadoras para a próxima.

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