Porto Alegre - A derrota do Inter para o Caxias no sábado, na Serra, fez o torcedor colorado perder definitivamente a paciência.
Ontem, durante a tarde, o treinador Cláudio Duarte precisou interromper o treino de dois toques que ministrava no gramado do Beira-Rio para pedir calma aos torcedores presentes, que vaiavam cada lance do treino.
”Isso é apenas um treino de dois toques, pessoal, é preciso ter paciência e deixar os jogadores trabalhar”, disse ele.
Mais pela firmeza do treinador e menos pela qualidade do futebol em campo, Cláudio terminou o treino apoiado pela torcida. O técnico alterou ontem o esquema defensivo. No coletivo, continuou experimentando o 3-5-2 que ensaiou no fim de semana, mas desta vez o trio da zaga será composto por Duílio, Fernando Cardozo e Ronaldo. O paraguaio Espínola, de atuação bastante contestada contra o Caxias, volta para o banco. No coletivo de ontem, Fábio Rochemback voltou ao time, tomando o lugar de Marcelo.
Apesar das alterações na zaga, as principais preocupações do treinador residem mesmo é no ataque. Como em Caxias, o Inter não terá Luiz Cláudio, expulso contra o Vila Nova no dia 29 de março. A ausência de um centroavante de ofício no jogo de sábado foi um dos principais pontos fracos do Inter durante a partida.
A possibilidade de Marco Aurélio estar no grupo que viaja hoje pela manhã para o Nordeste é remota. O centroavante ainda sente os efeitos de um violento choque contra Espínola, durante um treino da semana passada. Ele não atuou em Caxias.
O ataque, entretanto, será reforçado pela volta de Lê, o segundo goleador do time, com nove gols marcados durante a temporada. Ontem, o carioca treinou como o homem mais avançado, ao lado de Fábio Pinto.