Rio - O presidente Edmundo dos Santos Silva deu a palavra final: se não quiser continuar como técnico ao final do seu contrato, Zagallo receberá como resposta da diretoria a oferta do cargo de diretor técnico.

"O trabalho dele é maravilhoso. Quero que o Zagallo continue. Em respeito ao que ele representa, a decisão será do Zagallo. Quero verticalizar o futebol e acho importante o cargo de diretor técnico. Se ele não quiser continuar como treinador, pode assumir a função", disse Edmundo, que telefonou para Zagallo após o treino de quarta à tarde.

Na quarta o esforço da diretoria foi para fazer um afago no treinador, mostrar amplo apoio ao seu trabalho e desmentir os comentários de que ele será substituído ao final do Estadual. O certo é que, caso Zagallo assuma de fato a função de diretor técnico, Carlos César é o nome mais cotado.

"O Zagallo precisa ser respeitado. A decisão será dele. É claro que no futebol os resultados falam mais alto, mas não há porque pensar na saída do Zagallo. Falaram no Jair Picerni, que não tem nenhuma chance. O Carlos César trabalha no Flamengo e a hora dele vai chegar", disse o vice de futebol Walter Oaquim, antes de fazer publicamente, ao lado de Zagallo, um discurso em defesa do treinador.

Horas antes, o técnico falara com uma certa dose de ironia dos comentários de que sua carreira no futebol estivesse no fim. "Podem anotar: minha despedida será no dia 13 de janeiro de 2013, às 13h. Vocês estão todos convidados para o almoço", brincou o Velho Lobo. "Devo parar da mesma forma que comecei a minha carreira: de repente. Voltei de uma excursão ao México, como jogador do Botafogo, e recebi o convite para ser técnico dos juniores. Impus condições e aceitei. Posso até ter a data da despedida na cabeça em algum momento, mas ninguém vai saber. Se eu disser que vou parar, perco o comando do time."

Zagallo não quis comentar a hipótese de mudar de função. "Isso não foi conversado. É outra situação que não deve ser discutida agora. A permanência de Zagallo em nova função, ao lado de um novo treinador, dependeria, ainda, da situação financeira do Flamengo, já que faria a folha salarial ficar muito elevada".

L! Sportpress