Belo Horizonte - A alta cúpula do Atlético Mineiro
esteve reunida na noite desta segunda-feira, por ocasião da reunião do
conselho deliberativo e, entre outros assuntos, o mais importante que ficou
decidido foi que o clube, através de seu departamento jurídico, entrará na
Justiça, no próximo dia 7, reivindicando uma indenização de cerca de US$ 20
milhões (R$ 44 milhões) do grupo CIE/Octagon - Koch Tavares, que voltou
atrás, após assinar, em dezembro de 1999, uma parceria com o clube.
Segundo Alexandre Kalil, presidente do conselho deliberativo, o contrato
assinado entre o clube e a empresa previa um indenização em caso de
desistência de uma das partes e o Atlético vai buscar seus direitos na
justiça.
“Quando assumidos o clube, há quatorze dias, encontramos os documentos da
fracassada parceria com a Koch Tavares e achamos que o Atlético está no
direito de buscar o ressarcimento dos prejuízos que o não cumprimento do
acordo trouxe para o clube. No contrato existe uma cláusula determinando que
aquele que desistir do negócio terá que pagar uma multa e é baseado nisso
que vamos à justiça buscar os direitos do Atlético, em respeito à torcida
atleticana. Não sabemos o valor da indenização, mas é nossa obrigação lutar
por ela”, disse Kalil.
O Atlético declarou que o total de sua dívida, descontando o que foi
refinanciado com o Governo Federal, é de cerca de R$ 35 milhões. Se
conseguir êxito na justiça e receber do ex-parceiro os R$ 44 milhões que
está pretendendo, além de acertar todo o seu débito, ainda teria dinheiro em
caixa para novos projetos. O problema é que processos como este, costumam
levar muito tempo na justiça até serem resolvidos.