Florianópolis - Depois de vencerem o Figueirense dentro de campo por 3 a 0, os jogadores da Chapecoense esperam agora o mesmo desempenho fora das quatro linhas, na tentativa de vender cartelas de uma rifa para receber parte dos salários. Na mesma situação estão os funcionários do clube, há dois meses e meio sem receber. Os jogadores saíram às ruas pedindo a colaboração da população. São 200 blocos com 10 cartelas de 30 números, ao valor de R$ 10. O sorteio do prêmio, um terreno de 20x10m no valor de R$ 6,8 mil, doado pela imobiliária Gallon, será no dia 12 de maio.
A ausência do presidente Luiz Alberto Crispim, que foi participar de uma reunião sobre o estadual de juniores em Balneário Camboriú, foi criticada pelos jogadores. “Está todo mundo vendendo rifa, menos o presidente”, alfinentou o zagueiro e capitão Clésio. “Ele está fugindo dos compromissos”, completou.
Para se ter uma idéia da situação em que vive o clube, no último jogo contra o Tubarão, a Chapecoense vai se hospedar e fazer as refeições no Centro de Treinamento do adversário. Se não fosse o apoio do Tubarão, a Chapecoense teria dificuldades em encerrar o campeonato.
O diretor administrativo, Álvaro Crauss, afirmou que os jogadores só estão conseguindo fazer as refeições em virtude de doações de empresas da cidade e do ex-presidente José Paraíba Telles.
O promotor de eventos Edmilson Martini também afirmou que 10% da bilheteria do arrancadão automobilístico que será realizado em Chapecó no próximo dia 12, será revertido para ajudar os jogadores do Verdão.