São Paulo - O filho de um dos mais exigentes técnicos do futebol brasileiro foi um jogador relapso e pouco dedicado. “Não abria mão de sair com meus amigos, ir em festas. Hoje me arrependo muito. Sou um jogador frustado”, afirma Renê Santana.
O atual técnico do Mamoré jogou nas categorias de base do Atlético-MG, onde foi companheiro de Toninho Cerezo. As posições eram as mesmas do pai: meia-direita e ponta-direita. Só os conselhos de Telê nunca foram seguidos. “Ele sempre falava para eu me empenhar, treinar, mas nunca segui isso. A pressão de ser filho do Telê também atrapalhou.”
O ponto final em sua história dentro das quatro linhas foi dado, precocemente, aos 22 anos. “Era profissional do Villa Nova (time do interior de Minas) e sofri um acidente de moto. Tive que ficar um ano parado e quando voltei não tinha mais o mesmo ritmo. Casei jovem, nessa mesma época, e precisava sustentar minha família.”
Fora do futebol, Renê buscou outro ganha pão. Primeiro foi representante comercial de uma empresa de material esportivo. Entre 82 e 85, viveu na Arábia como assessor do pai, que treinou equipes locais. Na volta, montou uma escolinha de futebol e depois foi dono de uma distribuidora de bebidas.
Começou a ficar mais próximo do futebol profissional em 97, quando intermediou uma parceria entre o América-MG e o Feynoord, time da Holanda. Em 2000, veio o convite do Mamoré.