Rio - A Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro sai em defesa do futebol carioca. Preocupado com o destino de Botafogo, Flamengo, Vasco e Fluminense, o deputado federal Rodrigo Maia (PTB-RJ) garante uma injeção financeira de US$ 4 milhões a partir de 2002 para pôr os clubes em condições de brilhar de igual para igual nos cenários brasileiro e mundial e, por conseqüência, elevar o nome da Cidade Maravilhosa.
"Já fazemos isso com as Escolas de Samba e o futebol também é uma paixão popular. Podemos não resolver todos os problemas, mas o mais importante não é o valor. Queremos o futebol carioca brigando com os outros estados", afirmou Rodrigo.
O modelo de apoio é idêntico ao adotado pela Prefeitura de Paris, que cede US$ 10 milhões anuais ao Paris Saint-Germain. Em troca, o clube divulga o nome da cidade pelo mundo e exibe na sua página na Internet o órgão municipal como patrocinador. "Em Paris, no caso do Paris Saint-Germain, já se faz isso. É a imagem da cidade em jogo. Um estádio cheio significa a satisfação de cem mil pessoas e, dependendo do apelo, imagem para o mundo inteiro", comentou o deputado Rodrigo Maia.
Além da verba, que também será destinada e repartida em parcelas iguais entre os clubes de menor investimento, a Prefeitura já deixou alivanhado convênio com o Bangu para utilização do Estádio Proletário Guilherme da Silveira (Moça Bonita). "Interessa ao Bangu também. Temos a intenção de pôr o estádio com capacidade para 25 mil pessoas. Com isso, haverá facilidade para o torcedor da Zona Norte ou da Zona Oeste ver os jogos", acredita Rodrigo Maia, que ainda discutirá o futuro dos jogos realizados no Caio Martins, em Niterói, e no Estádio Giulite Coutinho, em Édson Passos.
A Prefeitura já tem, inclusive, planos para expor a marca da cidade: placas publicitárias, patrocínios em camisas e materiais de divulgação. "Quando um time for para o exterior, poderá levar faixa, entrar com o boné", disse Rodrigo Maia.