Ribeirão Preto - A seriedade do Botafogo-SP e a displicência da Ponte Preta levaram à equipe de Ribeirão Preto à decisão do Campeonato Paulista pela primeira vez em sua história. A equipe de Campinas jogou melhor durante os primeiros 60 minutos e chegou a estar vencendo por 3 a 1, com dois gols de Washington e outro de Piá, contra um de César. Mas o zagueiro Augusto diminuiu para o Botafogo aos 30 minutos do segundo tempo e, cinco minutos depois, Leandro, de pênalti, fez o gol da classificação da equipe do técnico Lori Sandri, que vencera o primeiro jogo da semifinal por 2 a 1.
O Botafogo enfrentará na final o Corinthians, que derrotou o Santos por 2 a 1, neste domingo no Morumbi. O Timão tem a vantagem de jogar por dois empates para ser bicampeão.
Com uma ótima marcação e uma tática ofensiva, a Ponte não deixou o Botafogo jogar no primeiro tempo - a equipe de Ribeirão Preto só chegou duas vezes com perigo ao gol da equipe de Nelsinho Baptista. Aos nove minutos, o meia Roberto cruzou da esquerda e cruzou para Macedo, que caiu ao disputar a bola com o meia Chicão - a arbitragem marcou pênalti. Washington cobrou mal e o goleiro Doni encaixou a bola em seu canto direito.
Mas o artilheiro do Campeonato Paulista não se abateu e teve um excelente aproveitamento em suas outras oportunidades de marcar na primeira etapa. Aos 15 minutos, Marco Aurélio cruzou da direita, o atacante Macedo tocou de cabeça e Washington, ao lado da trave esquerda, completou para o gol. Aos 28, novamente Marco Aurélio cruzou da direita, Washington foi mais rápido do que Doni, driblou o goleiro do Botafogo na pequena área e chutou cruzado no canto esquerdo, marcando seu 16º gol no Paulistão.
A primeira jogada de perigo do Botafogo aconteceu aos 25 minutos, quando o meia Chris chutou de dentro da área e Alexandre espalmou em seu canto esquerdo. Aos 44, o time de Ribeirão Preto teve um gol anulado graças ao atacante Robert. Num cruzamento da esquerda, o zagueiro Bell cabeceou e a bola passou à esquerda de Alexandre. Mas antes de a bola entrar, Roberto, em posição de impedimento, resolveu tocá-la: o gol foi corretamente anulado.
A equipe do técnico Lori Sandri voltou melhor para o segundo tempo - e mais ofensiva, com o meia César no lugar do zagueiro Rogério. E foi César que diminuiu a vantagem da Ponte, cobrando uma falta com perfeição. A bola bateu na trave esquerda e entrou no gol de Alexandre.
Com rapidez, a Ponte conteve a reação do Botafogo. O time de Campinas voltou para o ataque e, quatro minutos após sofrer o gol de César, voltou a ficar com dois gols de vantagem. Elivélton cobrou escanteio pela direita e Piá, na pequena área, subiu mais alto do que Gustavinho e tocou de cabeça: Ponte 3 a 1.
Mas a partir dos 15 minutos da etapa final, a Ponte diminuiu seu ritmo, achando que o Botafogo não teria forças para empatar o jogo - e realmente naquela altura o time de Campinas estava com o jogo nas mãos, já que o adversário não conseguia criar oportuniddades de gol. Mas aos 30 minutos, Augusto completou de cabeça uma falta cobrada pela esquerda em direção à área, acertando o canto direito e reanimando o Botafogo.
O jogo ficou mais movimentado e nervoso -- com a conivência dos árbitros Edilson Pereira de Carvalho e Luís Marcelo Cansian, os jogadores de ambos os times trocaram tapas, empurrões e deram entradas violentas nos adversários. Aos 35, Chris pôs a bola entre as pernas de Piá e na seqüência ganhou uma dividida com Ronaldão. Após entrar na área, o meia do Botafogo levou um pontapé do meia Roberto. Pênalti que o atacante Leandro cobrou no canto direito, empatando a partida.
A Ponte já tinha perdido a organização tática que fizera com que o time dominasse a maior parte do jogo - a Macaca tornou-se incapaz de criar jogadas que ameaçassem o Botafogo. Aos 48 minutos, o time de Ribeirão Preto ainda teve a oportunidade de virar o placar: César cobrou falta da direita, Ronaldão falhou e a bola sobrou para Júnior, que entrara no lugar de Gauchinho. Mas, na pequena área, Júnior chutou por cima do travessão.
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