São Paulo - Nem irritado, nem triste. Quando se deu conta do que realmente havia acontecido, sexta-feira passada, na quadra em Groningen, na Holanda, o atacante Marcelo Negrão ficou mesmo é chateado.
Afinal, em sua primeira partida pela Seleção Brasileira de vôlei sob o comando do técnico Bernardinho - na Liga Mundial deste ano contra o time da casa, que o Brasil acabaria vencendo por 3 sets a 2 -, ele escorregou na quadra molhada e rompeu o tendão patelar direito. No auge de sua forma física e técnica, Negrão não esperava tal acidente.
"Mas o que posso fazer agora? É mais um obstáculo que tenho que vencer. Vou superar meu limite e retornar às quadras o quanto antes", afirmou nesta segunda-feira o jogador, por telefone, do quarto do Hospital Albert Einstein, onde foi operado domingo de manhã para reconstituir o tendão.
"Sei que vai demorar agora pra eu voltar às quadras, mas não posso me angustiar com isso. E pelo que o médico falou, o joelho vai ficar 101%, melhor até do que estava", anima-se.
O grande desafio agora de Marcelo Negrão é se preparar da melhor forma possível para voltar à Seleção Brasileira e sonhar de novo com mais uma Olimpíada - em 1992, em Barcelona, foi dele o saque que deu a inédita medalha de ouro para o vôlei brasileiro. "Claro que continuo sonhando com a Olimpíada. E vou superar tudo isso com disposição. Quero estar em Atenas em 2004".
Marcelo Negrão não foi para os Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália, por ter sido cortado pelo então técnico da Seleção, Radamés Lattari. "Não perco a próxima de jeito nenhum. Só se o Bernardinho não me quiser".