Rio - O meia Pedrinho desfila pelos corredores de São Januário desde 1983. Portanto, no dicionário do apoiador não consta a palavra Flamengo. "Nunca pensei em jogar pelo Flamengo e nem tenho vontade. Sempre tive vínculo forte com o Vasco, a minha segunda casa. Nunca passei um mês em 18 anos sem ir ao Vasco. Tenho história, carinho e identificação", garante o meia, que na época do futsal recusou convite para jogar pelo Flamengo.
Pedrinho afirma que o Vasco precisa conquistar o título e frustrar os rubro-negros que pretendem conquistar o tricampeonato. "Eles não podem ser tricampeões. Vamos entrar para valer, conquistar o título e estragar a festa deles", garante o apoiador.
Protagonista das polêmicas embaixadinhas da final da Taça Guanabara do ano passado – Dia do Chocolate de 5 a 1 –, Pedrinho evita provocações e prega o silêncio vascaíno para calar a boca dos falastrões adversários em campo. "Eles estão falando bastante e a nossa equipe, esse tempo todo, está calada, respeitando e mantendo a humildade. Eu acho que chegou o momento de a gente provar dentro de campo que somos capazes de levar esse título", diz ele. "Sei que depois das embaixadinhas, os flamenguistas ficaram com raiva de mim. Mas não quis desrespeitá-los. Foi uma reação momentânea".
Pedrinho deixa de lado até mesmo a vantagem do Vasco, que poderá jogar por dois resultados iguais para ficar com o título. O meia lança o alerta para o time não cometer deslizes, como na decisão do ano passado. "Temos uma vantagem boa mas, na minha opinião, só devemos nos lembrar dela quando estiver faltando um minuto para acabar o segundo jogo. Temos que entrar para vencer", ensina Pedrinho, confiante num desfecho vascaíno este ano. "É difícil fazer comparações com os últimos anos. Sei que este time vai ser diferente da final do ano passado. Fomos displicentes e faltou vontade em momentos decisivos da partida. Atenção e disposição não poderão faltar".