São Paulo - A eliminação a sete segundos do fim da segunda partida da semifinal contra o Corinthians pode ter sido o final melancólico da dupla Dodô/Caio no Santos. Os contratos dos jogadores encerram-se no final do próximo mês e é pouco provável que aconteça a renovação, segundo avaliação de pessoas ligadas à diretoria do clube.
"Ainda não sei o que vai acontecer. Vamos estudar o assunto", desconversa Dodô, artilheiro do Peixe no Campeonato Paulista com 10 gols.
Apesar de ser o goleador da equipe no ano, o atacante deixou o gramado do Morumbi como um dos vilões da derrota santista. Ao desperdiçar um pênalti que poderia ter dado o Peixe a vantagem no placar, Dodô abateu-se e quase não foi mais acionado no jogo, até ser substituído.
Se deixar o Santos após o dia 31 de junho, Dodô terá sido um dos maiores prejuízos da história recente do clube. Foi contratado em 1998 por US$ 5,5 milhões. Três anos depois, a equipe não conquistou nenhum título e ele pode ir para outro clube sem precisar pagar nenhum centavo ao time de Vila Belmiro. "Não tive culpa pelo pênalti. Acontece. Bati e perdi", resume o camisa 10, não querendo mais falar sobre o erro cometido.
Já Caio tem agora a chance de recuperar um dinheiro investido em si mesmo. Isso porque o jogador fez um acordo com a diretoria no início do ano. Abriria mão de uma dívida de R$ 2 milhões em troca do direito de deixar o clube após o término do Paulistão. Contra o Corinthians, ele entrou no segundo tempo, substituindo justamente Dodô. Mas não conseguiu ser a peça de armação do contra-ataque que Geninho queria.
"Ainda não conversei com a diretoria sobre o assunto. Vou esperar as propostas, tanto do Santos quanto de outros clubes", afirmava o jogador ainda antes da semifinal contra o Corinthians, que pode ter determinado o final da linha da passagem do atacante pela Vila Belmiro.
Caio foi contratado em 1997 pelo Santos. O jogador, que na época estava na Internazionale de Milão, custou um pouco menos do que a metade de Dodô. Agora, o clube pode ficar sem atacante e sem dinheiro.