Rio - Sem poder contar com Romário, o Vasco parte para o ataque novamente com Viola, que se mostra bastante confiante para enfrentar o Boca Juniors, nesta quarta-feira, às 15h, em São Januário, no primeiro duelo entre os dois times pelas quartas-de-final da Copa Libertadores.
A rivalidade entre Brasil e Argentina ganha contornos ainda mais acentuados pela simples presença do atacante. "Nunca tive medo de cara feia. Nem de argentinos, chilenos, colombianos. Costumo dizer que não tenho medo de ser feliz", declarou.
Viola afirma que toda essa conhecida rivalidade não acontece especificamente contra os argentinos. "Conheço esse tipo de catimba, que não é apenas deles, mas de outras equipes sul-americanas. O Brasil é o único país da América do Sul que não tem o espanhol como idioma. Isso aumenta a rivalidade".
O jogador acredita que, por isso, existe até um certo preconceito por parte dos países vizinhos. E, é claro, diz que a posição do Brasil no ranking do futebol mundial sempre os incomodou os adversários. "O que conta mesmo é quando a 'redondinha' começa a rolar. Somos homens e temos personalidade e coragem para enfrentar qualquer um. O nosso futebol prima pela qualidade, técnica e toque de bola".
O Boca Juniors foi o adversário de Viola em sua primeira viagem ao exterior, justamente na única Libertadores que havia disputado até hoje. "Foi em 1990, com o Corinthians. Era um garoto de 18 anos e conheci a loucura que é a Bombonera".
Viola jamais abandonou suas origens. Sempre que tem um tempo livre, ele pega a ponte-aérea para curtir os dois filhos e a esposa, que moram em São Paulo. Porém, admite que o Rio o dominou. "Já me sinto um bom malandro carioca. Todos aqui no hotel, onde moro até hoje, já me vêem assim. Sou uma pessoa alegre, gosto de praia, samba e mulheres".