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Joinville e Caxias podem brigar por 'teto' na Justiça
Quinta-feira, 24 Maio de 2001, 01h32
Atualizada: Quinta-feira, 24 Maio de 2001, 01h33

Florianópolis - O futuro do Estádio Ernesto Schlemm Sobrinho, o Ernestão, poderá ser decidido pela Justiça Estadual, caso Joinville e Caxias não entrem num acordo nos próximos meses.

A possibilidade surgiu na quarta-feira, depois que o Conselho Deliberativo do JEC aprovou uma moção que dá poderes à direção do clube de recorrer ao Judiciário para ter direito de continuar ocupando o complexo após outubro, quando vence o contrato de comodato firmado entre os dois clubes.

Nem o presidente do Conselho Deliberativo do Caxias, Airton Braga, nem o presidente do clube alvinegro, Norberto Gottschalk, foram encontrados na quarta para comentar o assunto.

“O JEC não pode ficar na rua”, sustenta o presidente do Conselho tricolor, José Aluísio Vieira, ao justificar a posição de que, primeiro, o Joinville tentará um acordo amigável e, em seguida, através de ação judicial. Vieira lembrou ao DC que o tricolor poderá até pagar aluguel para manter sua sede administrativa e para conseguir mandar seus jogos no Ernestão, diferentemente do que ocorre desde 1976. Uma reunião entre as duas diretorias deve ser acertada nas próximas semanas.

Na terça à noite, os conselheiros do JEC aprovaram outra decisão, a de que o clube constituirá uma empresa de promoção de eventos, especialmente bingos.

Tais promoções não serão feitas diretamente pelo clube, devido ao volume de dívidas do tricolor, especialmente com contribuições federais e pendências trabalhistas. A dívida acumulada pelo Joinville ultrapassa a casa de R$ 1 milhão.

O Joinville terá 99% das ações e o presidente 1%, mas sem direito à remuneração alguma. Nos anos 90, o expediente dos bingos foi largamente utilizado pelo JEC para fazer caixa. Experiência que deu certo e agora pode voltar a ser aplicada.

Agência RBS


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