Bogotá - Dois carros-bomba, estacionados por supostos guerrilheiros colombianos em setores do porto de Barrancabermeja (450 km a noreste de Bogotá), foram desativados nesta quinta-feira pela polícia, informou o diretor de operações, general Tobías Durán.
Dentro de cada veículo, segundo Durán, havia dois cilindros repletos de dinamite. Graças a uma denúncia anônima, foi possível desativar as bombas antes que explodissem.
Segundo a polícia, a frustrada ação terrorista é provavelmente de autoria dos grupos urbanos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e do Exército de Libertação Nacional (ELN), que estariam agindo juntos naquela área.
Na última segunda-feira, foi descoberta uma bomba de 250 kg de dinamite camuflada num carro, estacionado em frente ao prédio do jornal do Partido Comunista, no bairro de Teusaquillo, em Bogotá. Um dia depois, explodiram dois artefatos de baixa potência na cidade de Pereira (318 km a oeste de Bogotá).
Em Cali (sudoeste) e Medellín (noroeste), também foram registrados ataques terroristas, que deixaram oito mortos e mais de 160 feridos.
As autoridades civis e esportivas ressaltaram que estes acontecimentos não têm relação com a Copa América de Futebol, que será realizada no país em julho, e que terá a participação das seleções do Brasil, Argentina, Bolívia, Canadá, Colômbia, Chile, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
O presidente Andrés Pastrana garantiu que a Colômbia receberá a Copa América e negou que os ataques tenham o objetivo de impedir o campeonato. A polícia já anunciou um esquema de segurança de 20 mil homens durante o evento, que acontece entre 11 e 29 de julho.