Santos - Os dirigentes do Santos continuam sonhando com a permanência do meia Freddy Rincón na Vila Belmiro. Devendo ao jogador cerca de R$ 4 milhões, entre salários e direitos de imagem atrasados, e alheios aos fortes boatos de uma transferência do atleta para o São Paulo, os cartolas apostam no sucesso de uma contraproposta a ser oferecida ao colombiano no próximo dia 4 de junho, data de sua volta ao Brasil. Os valores da possível negociação não foram revelados.
Rincón já integra a seleção de seu país, que enfrenta a Argentina pelas Eliminatórias, no próximo dia 3, em Buenos Aires. Na última vez em que falou de sua situação no Santos, disparou duras críticas à maneira com que o clube tem sido dirigido, em um programa de televisão da ESPN Brasil. "Amadora" e "principal responsável pela falta de títulos" foram algumas das cutucadas de Rincón à diretoria comandada pelo presidente Marcelo Teixeira.
“Nada está perdido ainda. Os rumores sobre a transferência dele para outros clubes ainda não se concretizaram e iremos confirmar uma contraproposta em sua volta ao Brasil, de comum acordo com a comissão técnica”, afirmou o gerente de futebol do Peixe, Luiz Henrique de Menezes.
Ainda segundo Menezes, a importância do jogador na arrancada final do Paulistão, e a liderança que o mesmo exerce dentro de campo não devem ser subestimadas neste possível acerto. “Nunca dissemos que não era um grande jogador, como muitos insistem em afirmar”, declarou.
Rincón tem contrato com o Santos até fevereiro de 2002. Após três meses fora do elenco em 2001, o volante disputou o Paulistão pelo Peixe a partir do dia 1º de abril, na vitória por 3 x 1 sobre o Palmeiras, na Vila. Dali em diante, comandou a recuperação da equipe no Estadual, que chegou às semifinais do torneio.
Enquanto isso, novos nomes começam a ser estudados na Vila Belmiro. O zagueiro Argel e atacante Tuta, do Palmeiras,além do experiente meia Silas são alguns deles. Eles podem ser contratados, desde que aceitem uma provável redução salarial, baseada em uma política que visa a não agravar ainda mais a crise financeira do clube. “Precisamos readequar o teto salarial do elenco para a disputa do Brasileiro”, avisa Marcelo Teixeira.