Rio - O sérvio Petkovic gosta mesmo de uma bola. Vinte e oito horas depois de marcar o gol do tricampeonato para o Flamengo, o camisa 10 da Gávea já estava com a redonda nos pés. Convidado para uma pelada na noite de ontem, o gringo não recusou. E mais uma vez vestiu a camisa 10. Na equipe pela qual Petkovic estava atuando só jogavam ex-jogadores do Flamengo. O time era formado por Gaúcho, Lima, Jaime, Paulo César, Bebeto, Djair, Adílio e Júlio César Uri Geller.
Mas antes de vestir o número 10, o craque recebeu um aviso de um companheiro. “É só desta vez. Não se acostume com isso”.
Bem-humorado, com a taça e a faixa de campeão, e mesmo reclamando muito do árbitro, como lhe é habitual, Petkovic afirmou. “Estou no Rio há mais de um ano e já aprendi como a camisa 10 é importante. Sei o que ela significa. Mas estou acostumado. Na maioria das vezes e dos times pelos quais atuei, sempre vesti a 10. Me dá alegria e sorte”, afirmou o apoiador.
Petkovic disse que no domingo, ao ver pela televisão o gol do título, sentiu a mesma emoção, euforia e empolgação do momento na partida. “Estou entusiasmado. Não consigo parar de pensar no gol. É muita alegria. Quero eternizar aquele momento”, disse, contando que nem conseguiu dormiu direito na noite de domingo para segunda-feira.
”Dormi no máximo uma hora”.
O sérvio afirmou que realmente não havia muita confiança na vitória antes de o jogo começar. Mas tudo mudou quando o ônibus da equipe chegou ao Maracanã. “Quando vimos a torcida cantando e gritando, a situação melhorou. Ganhamos fé e esperança. A desconfiança acabou”.
E Petkovic, nesta segunda, estava com tudo e não estava prosa. Aceitou a camisa 10, afinal, ele merece. Mas recusou a braçadeira de capitão. “Vou deixar para os mais velhos”.
Na equipe adversária estavam Renato Gaúcho e Alcindo. A preocupação deles era não fazer faltas próximas ao gol. Havia um certo camisa 10 perigoso do outro lado...