Fortaleza - Foi sepultado final da tarde de quarta-feira, no cemitério Jardim Metropolitano, o ex-jogador de futebol Lúcio Flávio Figueiredo Cruz. Lucinho, como era conhecido, foi um dos maiores craques revelados pelo Estado do Ceará.
Morava nas proximidades do Mercado São Sebastião quando começou, por volta de 1963, no futebol de salão, jogando no Nacional. Depois compôs o time de Messejana e foi revelado pelo Riachuelo, um clube suburbano que tinha sede próxima ao Seminário da Prainha, na Praia de Iracema. O Ferroviário comprou seu passe, em seguida.
Mas foi no time do Fortaleza que o jogador viveu sua grande fase, entre os anos de 1969 e 1978. A pedido de sua esposa, Maria Lindete, Lucinho foi enterrado vestindo a camiseta 10 do tricolor, seu número no time. Membros da Torcida Uniformizada do Fortaleza chegaram a entoar o hino do Fortaleza. O Ferroviário também estendeu uma bandeira sobre o caixão. Estiveram presentes no sepultamento cerca de 300 familiares e amigos, entre dirigentes de clubes cearenses e ex-jogadores, como Pedro Basílio, Celso, Mano, Lulinha e Pacoti.
Depois de sua fase no Fortaleza, Lucinho ainda passou pelo Ceará, pelo Náutico de Recife, antes de abandonar a carreira e ser técnico de futebol, treinando por exemplo o Itapajé na sua campanha vitoriosa no Campeonato Intermunicipal, além do próprio Fortaleza na década de 80 e durante poucos meses em 1995. No início da carreira, também defendeu o Maguary, clube há extinto. Nos últimos anos, Lúcio Flávio dava aulas em escolinhas da cidade e chegou a ensinar os presidiários do Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira (IPPOO).
Internado desde sábado passado, Lucinho faleceu aos 51 anos, vitimado por um câncer que se iniciou no estômago.