Kashima - O técnico da Seleção Brasileira, Emerson Leão, enfrenta na próxima quinta-feira o desafio de vencer a França na semifinal da Copa das Confederações, para vingar assim a derrota da Copa do Mundo de 1998.
"Queríamos jogar contra os Camarões e o fizemos para vingar a derrota nas quartas-de-final das Olimpíadas. Também queríamos fazer isso com a França e agora vamos fazer", disse Leão, depois do empate com o Japão na última partida disputada hoje pelo grupo B da Copa das Confederações.
O resultado desta segunda-feira colocou o Brasil no segundo lugar na chave e o obrigará a jogar contra os campeões do mundo em Suwon (Coréia do Sul). Apesar do desempenho ruim da seleção brasileira, com empate nas duas últimas partidas, o técnico não se mostra preocupado.
"Nos classificamos e vamos jogar contra a França como queríamos. Não sofremos nenhum gol em duas partidas contra adversários que como o Japão tinham registrado cinco no mesmo número de jogos. Jogamos contra equipes que continuam invictas sem perdermos também", explicou.
"Criamos muitas oportunidades e só nos faltou confirmar isso fazendo gols. Às vezes, se cria muitas oportunidades e não se marca. Em outras, se faz dois gols com duas oportunidades", acrescentou.
Para o técnico, falta um pouco de tranqüilidade aos jogadores na hora que estão diante do gol. "Há ansiedade. Falta um pouco de tranqüilidade. São jogadores novos que querem se afirmar na seleção e por isso existe esta ansiedade", disse.
"O positivo é que a defesa está definida. Defendemos bem e criamos oportunidades, falta somente finalizar. Se defendêssemos e não criássemos, estaria mais preocupado", avaliou.
O capitão da equipe brasileira, Lucio, não demonstra necessidade de se "vingar" da França. "Eu era o único brasileiro na Copa das Confederações que tinha jogado contra os Camarões e perdido as quartas-de-final. Minha revanche era essa. Para mim, não há nada contra a França", explicou.
Washington, que sofreu uma alarmante seca de gols nas oportunidades que teve contra o Canadá e o Japão, acredita que vai se recuperar no confronto com a França. "Quem sabe não marco contra a França? Gostaria muito. Vai ser uma partida difícil, mas temos capacidade de ganhar esta partida", afirmou.
Edmílson, por sua vez, o meio-de-campo do Lyon, é quem melhor conhece o futebol francês. "É um clássico mundial, onde não existe favorito. A França não dispõe no momento de todas suas estrelas de 98, mas não se sente falta. Zidane não está na equipe, mas eles têm o Eric Carriere, do Nantes, que é um jogador com as mesmas qualidades do meio-de-campo do Juventus", explica o lateral.
Veja também:
Página especial com tudo sobre a Copa das Confederações