Seul - Edmilson, zagueiro do Lyon, um dos jogadores brasileiros que mais entende do futebol francês, acha que a França, que enfrentará o Brasil quinta-feira em Suwon, na Coréia do Sul, numa das semifinais da Copa das Confederações, é a favorita.
"É um clássico mundial, não só o Brasil espera esta partida, a França também. Eles têm vantagem com um grupo formado. Jogam também com a tranqüilidade de ter uma vaga garantida na Copa de 2002", afirma o jogador de 24 anos, campeão paulista com o São Paulo em 1998 e 2000 e que treinou terça-feira com seus colegas no estádio olímpico de Seul.
Mas esse suposto favoritismo da França não significa que o Brasil vá sair derrotado. "Quando a Seleção enfrenta rivais tradicionais, ganha força. Apesar das dificuldades, ganharemos da França", acrescentou.
As críticas não pertubam o jogador que está sendo um dos baluartes da equipe na competição, junto com seu colega na defesa, o central do Bayer Leverkusen, Lúcio.
"Todo mundo achava que nesta Copa das Confederações nós íamos jogar bem, estamos tentando como se fossem os jogos das nossas vidas", disse Jose Gomes de Morais "Edmilson", que depois de 243 jogos com a camisa do São Paulo, foi para o Lyon em setembro de 2000, após contratado pelo Arsenal.
Para Edmilson, a França tem uma estrutura formada que não se altera com algumas mudanças de jogadores. "Zidane ou Trezeguet não estão aqui, mas a base da equipe sim. Eric Carriere faz o mesmo que Zinedine Zidane. Não é muito conhecido no Brasil, mas eu lhe conheço bem. É ele que arma o time, como faz no Nantes, campeão da França", indicou o beque brasileiro que mede 1m86, colhia laranjas e jogava bola na infância, enquanto sonhava em ser caminhoneiro.
Edmilson gostaria que a torcida apoiasse a seleção do Brasil como fazem os franceses. "Quando eles empatam ou perdem, a torcida apóia a equipe, o que não ocorre com a gente e isso nos chateia, explicou o jogador que começou a carreira no XV de Jaú, onde também iniciou Sonny Anderson, atual companheiro de equipe dele no Lyon.