Rio - O atacante brasileiro Barata, do Tenerife, da Segunda Divisão da Espanha, continua envolvido em sérios problemas em razão do uso de passaporte falso. Nesta quarta-feira, o jogador afirmou que a maior parte das suas declarações à Justiça não representa a verdade, o que invalida o seu depoimento.
Barata explicou que, por não entender bem o espanhol, pediu ao advogado para conversar com seu empresário. “Ele tentou me explicar em inglês e diante da minha atitude, me respondeu que eu tinha de confiar nele”, afirmou Barata, que não concorda com declarações dadas por seu advogado, Hernández Venero.
O brasileiro, que atuou pelo Fluminense, garantiu que nunca soube que seu passaporte era falso e que estava sendo investigado por isto. Segundo ele, foram os dirigentes do Mérida que o convenceram a tirar o documento de origem italiana. “Sou uma pessoa honesta, com boa trajetória esportiva e com ofertas de trabalho. Não tenho necessidade de recorrer a passaportes falsos”.
Suspenso pela Real Federação Espanhola de Futebol, Barata está aguardando as conclusões das investigações para poder viver normalmente. Escondido em Madri, o atacante vem recebendo ameaças de morte, provavelmente de torcedores do Tenerife, que luta para voltar à Primeira Divisão.