São Paulo – Em partida marcada por muito nervosismo e agressão de auxiliar por parte de torcedores, o Boca venceu o Palmeiras por 3 a 2, na decisão por pênaltis, e se classificou para as finais da Copa Libertadores da América de 2001. O tempo regulamentar da partida, disputada nesta quarta-feira, no Parque Antártica, terminou com empate por 2 a 2. Gaetán e Riquelme abriram 2 a 0 para a equipe argentina, mas Fábio Júnior e Bermúdez (contra) deixaram tudo igual.
Nos pênaltis, Alex, Basílio e Arce desperdiçaram os do Palmeiras. Traverso foi o único argentino a perder.
A partida ficou tumultuada após a invasão de dois palmeirenses no campo aos 37 minutos do primeiro tempo. Os torcedores agrediram o auxiliar colombiano Daniel Wilson, que caiu no gramado. A partida ficou paralisada por 6 minutos. O técnico do Boca, Carlos Bianchi, também precisou de atendimento médico ao final do primeiro tempo. Ele foi atingido por um objeto na descida para o vestiário.
O primeiro tempo foi todo do Boca Juniors. Além de estar bem melhor em campo, a equipe argentina contou com o nervosismo da torcida e da própria equipe do Palmeiras para abrir uma invejável vantagem no marcador. Os palmeirenses “ajudaram” o Boca ao errar muitos passes e fazer faltas violentas. Aos 49 minutos, Alexandre foi expulso ao fazer falta muito dura em Traverso.
Já a torcida calou após os gols do Boca e se tornou protagonista da partida aos 37 minutos, quando dois torcedores invadiram o campo e agrediram o auxiliar de arbitragem que marcava o ataque do Palmeiras. O bandeirinha caiu no gramado e o jogo ficou paralisado por 6 minutos. Um dos torcedores foi identificado como Wellington Oliveira Almeida.
Em campo, o Boca saiu na frente logo a 1 minuto de jogo, quando Felipe e Leonardo bateram cabeça na entrada da área, Jimenez chutou forte, Marcos espalmou e Gaetán conclui com precisão. O Boca seguiu no comando da partida, e, aos 16, Riquel chutou rasteiro, da meia-lua, para ampliar.
O Palmeiras então resolveu se acalmar e tocar mais a bola, chegando mais fácil ao ataque. Após algumas chances perdidas, Juninho fez boa jogada e rolou para Fábio Júnior diminuir. Isso aos 36 minutos, justamente um minuto antes de os torcedores agredirem o auxiliar e esfriarem a própria equipe do Palmeiras. Aos 49, foi a vez de Alexandre ser expulso.
Na descida para os vestiários, um objeto foi atirado no técnico do Boca, Carlos Bianchi.
O Palmeiras voltou melhor para o segundo tempo e teve as rédeas da partida. A entrada do colombiano Muñoz no lugar de Juninho, aos 13 minutos, deixou o Verdão ainda mais ligado e o empate passou a ser questão de tempo. E ele veio aos 21 minutos, quando Arce cobrou escanteio da esquerda e o colombiano Bermúdez, do Boca, tocou contra o próprio gol: 2 a 2.
Mesmo com um homem a menos, o Palmeiras passou a ser só pressão, embora abrisse espaço para os perigosos contra-ataques puxados por Riquelme. Aos 41 minutos, Martelan foi expulso ao fazer falta dura em Basílio.
A partida seguiu neste ritmo nervoso até o final e a decisão por pênaltis.