Rio - A primeira escalação de Luiz Felipe promete mudar e muito o estilo da Seleção Brasileira. Serão três zagueiros, três volantes e apenas um atacante. É assim que o Brasil deve jogar dia 1º de julho, contra o Uruguai, em Montevidéu. É a forma como Sebastião Lazaroni armou sua equipe em sua passagem pela Seleção, e foi eliminada pela Argentina nas oitavas-de-final da Copa de 1990.
Luiz Felipe afirmou a intenção de armar a equipe desta maneira, em entrevista a Juca Kfouri, no programa CBN Esporte Clube. E justificou. "Quero o Cafu e o Roberto Carlos jogando da mesma forma que jogam na Europa, mais como pontas do que como meias. Para isso, será preciso proteção do meio-campo para cobrir os avanços dos laterais".
Felipão não quis dar nomes, mas já é possível ter uma projeção bastante próxima do time que fará a batalha de Montevidéu: Marcos; Lúcio, Antônio Carlos e Roque Júnior; Cafu, Mauro Silva, Emerson, Fábio Rochemback e Roberto Carlos; Rivaldo e Romário.
Neste momento das Eliminatórias, o Brasil, quarto colocado com 21 pontos, só confirma a classificação entre os quatro primeiros se chegar aos 35 pontos, número que não pode ser alcançado pela Colômbia, a quinta colocada.
Pelas projeções de boa parte dos matemáticos, com 33 pontos uma seleção conseguirá carimbar o passaporte para a Copa-2002.
Porém, Luiz Felipe faz a sua conta particular. E o jogo com o Uruguai é decisivo nesse festival de números. "Vencendo em Montevidéu, precisaremos de mais uns cinco pontos. Vamos abrir seis de vantagem sobre os nossos rivais e estarão em jogo mais 15. No caso de um empate temos que somar mais nove pontos".
Devido à pressão no Uruguai, Felipão disse que vai exigir equilíbrio dos jogadores.