Rio - Oswaldo de Oliveira pede um lateral-esquerdo, pede dois zagueiros, pede um meia, adverte que há carências. Só não reclama do ataque, talvez o único setor no Fluminense onde há fartura. A artilharia pesada do Tricolor parece pronta para ajudar o time a superar a desconfiança da torcida no Campeonato Brasileiro.
Roni voltou mais cedo da Arábia Saudita e se juntou a Agnaldo, Magno Alves e Marco Brito, todos acostumados à condição de titulares do time. Caio foi contratado e Oswaldo já fala abertamente em usá-lo como meia, abrindo duas vagas na frente. “No ataque estamos bem servidos. É cedo para decidir quem vai jogar. Vamos começar a trabalhar o time com tranqüilidade. Há jogadores experientes e que estão prontos para qualquer desafio”, diz Oswaldo.
A fartura de atacantes fez o Fluminense tentar, inclusive, incluir um deles como moeda de troca na negociação com o Atlético-MG, na tentativa de manter Ramon. Enquanto Oswaldo começa a trabalhar, cada candidato a uma vaga no ataque tenta ganhar a confiança do treinador. Agnaldo aposta no tempo que o time terá até o início do Campeonato Brasileiro.
“Estou tendo tempo para fazer trabalhos específicos, como aprimorar as finalizações. Isto é importante. Acho que vou estar bem já no início da competição”, diz o atacante, que pode ser a opção de Oswaldo para jogar mais fixo na área.
Roni, depois de voltar do futebol árabe, terá que lutar para recuperar uma posição que já foi sua. “Vou buscar um lugar, como todos os outros atacantes. Acho que Oswaldo está conhecendo melhor as características de cada um”.
Marco Brito virou uma espécie de talismã no início da temporada, mas não manteve o rendimento quando começou jogando. Já Magno Alves, desde a difícil renovação de contrato, viveu dias conturbados. “Quero iniciar logo meu trabalho. A briga será dura”, diz Magno, que voltou da Seleção Brasileira e tem feito tratamento no tornozelo.