São Paulo - Se os campos da Academia de Futebol e do estádio Parque Antártica estão vazios, nos bastidores, o trabalho do Palmeiras está a pleno vapor. Com um prejuízo de cerca de R$ 15 milhões, acumulado com o cancelamento do Mundial da Fifa e com a desclassificação da Copa Libertadores, os dirigentes do Palmeiras não prometem grandes estrelas para o segundo semestre e podem recorrer a trocas para reforçar o elenco para o Campeonato Brasileiro e para a Copa Mercosul.
A prioridade do Palmeiras é trazer um jogador para a lateral-esquerda. O empréstimo de Felipe, que pertence ao Vasco e foi o titular durante o primeiro semestre, termina no começo do próximo mês e ele não deve continuar no Palmeiras. Mesmo que Felipe fique, ele já manifestou o interesse de deixar a lateral e jogar apenas no meio-campo.
Roger, do Grêmio, saiu na frente como o principal nome para chegar ao Palmeiras. O lateral tem contrato com o time gaúcho até dezembro de 2004 e, à princípio, os diretores gremistas negam a intenção de se desfazer do lateral no momento.
"Caso o Palmeiras nos procure, vamos conversar com eles, como fazemos com qualquer interessado em nossos jogadores, mas não temos hoje esse interesse", afirmou Dênis Abraão, diretor executivo do Grêmio.
A negociação porém pode ser facilitada caso algum jogador do Palmeiras seja incluído no negócio. Com a possível saída do jovem Eduardo Costa para o futebol europeu, o time gaúcho precisa de um volante para substitui-lo. Neste caso, Flávio, que já interessou ao rival do Grêmio, o Internacional, pode ser envolvido.
A vinda do meia Robert, do Santos, também está dependendo de um acerto de troca de jogadores. A diretoria do Peixe admite estar conversando com o Palmeiras, mas já apresentou uma lista de três jogadores que iriam para a Vila Belmiro. O volante Claudecir e o atacante Tuta são as prioridades do Peixe, enquanto o meia Juninho e o volante Flávio são as opções de terceiro jogador.
Trocando ou comprando jogadores, porém, os dirigentes do Palmeiras não prometem a contratação de nenhuma grande estrela para as disputas do segundo semestre. "O Palmeiras vai continuar na sua filosofia, de só gastar aquilo que tem em caixa. Hoje, o futebol não é investimento, mas sim custo", disse o diretor de futebol, Américo Faria.