São Paulo - Para quem conhece o temperamento irrequieto de Marcelinho Carioca, suspenso terça-feira por quatro partidas pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), as palavras a seguir mais parecem de outro jogador. "Você paga pelos seus erros. Todo erro tem conseqüência", se resigna o corintiano.
Expulso na Copa do Brasil em 17 de maio, quando acertou um chute no rosto do lateral-esquerdo Fabiano, do Atlético-PR, aos 19 minutos do primeiro tempo, Marcelinho acatou a decisão dos juízes sem dizer um "ai" contrário. "Fica mais do que provado que cada vez mais tenho de continuar esse trabalho com o Dr. Jacob", reconhece o meio-campista.
Após a partida diante dos paranaenses, ainda no estádio, Marcelinho chegou a dizer que não chutou o jogador atleticano. Dias depois do incidente, o corintiano iniciava as primeiras sessões de terapia com o psicólogo Jacob Goldberg, parte de um trabalho mais amplo de seus assessores para melhorar a imagem de atleta indisciplinado, de "repentes" violentos.
Em princípio, como cumpriu suspensão automática na Copa do Brasil, Marcelinho está fora dos próximos três jogos do Timão e só volta à equipe na segunda partida semifinal da Copa dos Campeões, em 4 de julho, em Maceió, se o time passar pelo Coritiba na primeira fase do torneio, que começa neste sábado. "Estou treinando normalmente e me preparando para viajar com o grupo. Espero um recurso para que eu possa jogar", afirma Marcelinho, que foi confirmado por Wanderley Luxemburgo na delegação que embarca esta quinta-feira para Maceió.