São Paulo - Acusado formalmente de uso de passaporte falso no futebol italiano, o atacante Fábio Jr. contratou um advogado português para defendê-lo na Itália. O julgamento ainda não foi marcado. O atacante emprestado pela Roma ao Palmeiras corre risco de pegar dois anos de suspensão. A Roma, se condenada, poderá receber multa.
A investigação da Procuradoria de Justiça esportiva da Itália indica que a o jogador participou da falsificação, já comprovada. Fábio Jr. está envolvido num escândalo gigantesco. Pela antiga lei italiana, revogada no início deste ano, cada time só podia escalar três jogadores extra-comunitários (sem cidadania de um dos 15 países da União Européía) na Liga.
Além dele, outros sete brasileiros, o goleiro Dida, os laterais Alberto e Jorginho Paulista, o volante Marcos Assunção e os atacantes Warley, Dedé e Jeda, correm sérios riscos de suspensão prolongada. O promotor Carlo Proceddu fez acusações também a cerca de 15 jogadores de outras nacionalidades, incluindo o uruguaio Recoba e o argentino Verón.
“Eu não fiz nada, mas não posso garantir que o clube não tenho feito algo. Acho difícil. É só ver o tipo de acusações que estão fazendo. Não dá para acreditar nesse tipo de coisa. Passei a questão para o meu procurador, Adelton Duarte, que mandou advogado de Lisboa para Itália para cuidar disso”, diz Fábio Jr..
Se for condenado, a suspensão deve valer no mundo todo. Se não bastassem os problemas na Europa, mais uma preocupação surge para o atacante.
Seu maior rival na disputa de uma vaga no ataque do time volta a treinar normalmente daqui a oito dias com o resto do elenco. “O Tuta já está quase bom. Ainda vamos fazer alguns trabalhos de fisioterapia na piscina e analisar exames, mas até a próxima semana acredito que estará recuperado. Ele volta a treinar no mesmo dia que o resto do elenco”, afirma o doutor Rubens Sampaio, médico do clube.
Mantendo o discurso de tranqüilidade a qualquer custo, o atacante procura evitar o clima de disputa com o companheiro. “Estou tranqüilo, acho até boa essa notícia. É mais alguém para ajudar no ataque”, fala.