Rio - A organização da Copa de 2010 pelo Brasil é o grande objetivo da organização do futebol brasileiro com o calendário quadrienal apresentado hoje de manhã pelo Clube dos 13, Ministério do Esporte e Turismo e pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A maior novidade do calendário quadrienal é que os clubes que jogarem os campeonatos regionais, como a Copa Rio-São Paulo e a Copa Sul-Minas, não poderão participar de seus respectivos campeonatos estaduais, já que as tabelas serão sobrepostas.
O estadual, desta maneira, passa a ser uma espécie de seletiva para o regional. Esta alteração provocou a crítica da Federação Carioca de Futebol, que através de seu presidente, Eduardo Viana, classificou a alteração como "o suicídio do futebol". Segundo ele, o que alimenta a paixão pelo esporte são as rivalidades locais.
A apresentação teve a participação do ministro do Esporte, Carlos Melles; do presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo Farah; do presidente do Clube dos 13, Fábio Koff; do presidente da CBF, Ricardo Teixeira; do ex-jogador e ex-ministro Pelé, e do presidente de honra da Fifa, João Havelange, que agradeceu a participação do ministério na coordenação do calendário, junto com a CBF e a Liga.
"Trabalhei dez anos na Fifa para fazer um calendário internacional e não consegui. Por isso, sei a alegria que essas pessoas sentem hoje", disse Havelange. Ele endossou o pensamento de Pelé, segundo o qual uma boa organização é fundamental para sediar uma Copa.
Para João Havelange, é possível o Brasil ser sede da Copa em 2010. "Devemos trabalhar por isso, deve ser a nossa prioridade", completou.